Aníbal Campos: “Abraçar Cesar é abraçar todos os cesarenses”

Na entrevista, Aníbal Campos faz um balanço do percurso da IC desde a sua fundação até aos dias de hoje. O movimento nasceu para unir os cesarenses acima das divisões partidárias, protagonizou algumas das grandes obras de infraestrutura da freguesia e mantém, segundo Campos, um papel determinante na estabilidade financeira e no desenvolvimento de Cesar. Este ano, a lista surge praticamente renovada, com novos rostos e um novo slogan — “Abraçar Cesar”. Mas a decisão de Aníbal Campos em empenhar-se mais nesta campanha resultou também de um apelo pessoal: o de António José Vasconcelos, figura simbólica da freguesia, que não queria ver Cesar dividido novamente.

“A minha preocupação é com Cesar e com os cesarenses, não é com a ideologia de defender este ou aquele partido. (…) Nas eleições autárquicas, as pessoas devem votar pela sua terra, pelo seu concelho, e deixemos para o Parlamento as questões ideológicas. (…) Não podemos impedir que cada membro da IC tenha o seu coração partidário, mas pedimos cuidado e descrição. (…) Hoje as redes sociais ampliam tudo, há muita desinformação, e o mais importante é não perder o foco: defender Cesar e evitar divisões.”

“Tomámos uma decisão este ano: renovar quase por completo a lista. São caras novas, gente com energia para dar continuidade ao projeto. Só dois ou três vêm da lista anterior, o essencial é uma lista renovada para renovar Cesar. (…) Há uma frase muito importante nesta lista: ‘Abraçar Cesar’. E abraçar Cesar é abraçar territorialmente e abraçar todos os cesarenses.”
“Empenhei-me com mais força do que eu pretendia. Porque houve uma pessoa que eu tenho um grande respeito, que me pediu por tudo o que eu fizesse. Foi o Dr. António José Vasconcelos, que não gostaria de ver novamente Cesar dividido. Pediu-me e eu empenhei-me mais do que estava decidido, por respeito e por admiração que tenho por ele.”

“A IC nasceu de uma reflexão sobre Cesar. Achávamos que a freguesia precisava de um novo impulso e convidámos pessoas independentemente da sua cor política, porque o que queríamos era unir os cesarenses. (…) Partimos contra todos os partidos, só com o apoio do CDS, e tivemos maioria absoluta. (…) Tivemos também a colaboração do presidente da Câmara, Ângelo Acevedo, que era da terra e percebeu os fundamentos da IC. O que interessava era Cesar, não os partidos.”

“Nos primeiros anos fizemos obra bem visível, as grandes infraestruturas de Cesar nasceram dessa força. (…) Foi feita a Casa da Gastronomia, e toda aquela envolvente vai ser uma zona interessante e de receita para a freguesia. (…) Vamos chegar à recuperação da Casa do Monte, que será também um projeto fundamental. (…) Quando hoje se diz que Cesar parece ter parado, eu digo: aquilo que está a ser feito noutras freguesias, Cesar já fez. (…) A freguesia sempre teve equilíbrio financeiro, aumentou muito o património e tem projetos para o futuro desenvolvimento desse património.”