Ano letivo arranca com cerca de 7400 alunos e avanços no dossiê das residências universitárias

O arranque do ano letivo foi um dos temas centrais da reunião pública da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. A vereadora da oposição Joana Ferreira (PSD) começou por desejar “um ano letivo de realizações” a alunos, docentes e pessoal não docente, mas levantou preocupações habituais nesta altura do ano.

“Todos os anos temos falado neste assunto: o número e o rácio de assistentes operacionais nas escolas”, sublinhou, ainda antes de deixar umas ‘achegas’ sobre a manutenção de parques infantis, nomeadamente no Parque de La Salette, onde disse ter tido conhecimento de equipamentos em situação de risco para as crianças.

Na resposta, o vereador da Educação, Rui Luzes Cabral, apresentou um balanço positivo do arranque escolar. De acordo com os números avançados, estão inscritos cerca de 7400 alunos nos diferentes ciclos, um valor que poderá crescer ligeiramente nos próximos meses devido à mobilidade e a inscrições de última hora.

Executivo garante melhorias

Admitindo que “ainda surge uma ou outra queixa”, Rui Cabral afirmou que a situação dos assistentes operacionais tem vindo a melhorar e recordou que o primeiro mandato foi marcado por dificuldades, quando a autarquia perdeu cerca de 50 trabalhadores com o fim dos contratos com IPSS. “Temos sentido, de facto, uma melhoria nesse relacionamento da Câmara Municipal com os diretores de agrupamentos nos pedidos que nos vêm fazendo”.

O vereador destacou também a entrada em funcionamento da Cantina de Vilarinho, em Cesar, a realização de obras em escolas como a de Casal Marinho e a instalação de 69 novos aparelhos de ar condicionado. Acrescentou ainda que as Componentes de Apoio à Família passaram de 14 para 17 coordenadoras, reforçando a capacidade de resposta junto das famílias. Novidades, também, ao nível das refeições escolares, com a Rescater a substituir a anterior prestadora do serviço.

A cerimónia oficial de abertura do ano letivo municipal está marcada para 22 de outubro, na Escola Básica e Secundária Dr. Ferreira da Silva.

Quanto ao calendário escolar refira-se que se iniciara no dia da Reunião de Câmara (11 de setembro) e termina a 30 de junho. O primeiro semestre é de 11 de setembro a 31 de janeiro, o segundo de 9 de fevereiro a 5 de junho para os alunos do 9º, 11º e 12º anos, a 12 de junho para 5º, 6º, 7º, 8º e 10º, e 30 de junho para pré-escolar e primeiro ciclo.

As férias de Natal cumprem-se entre 22 de dezembro e 2 de janeiro, a interrupção de Carnaval a 16 e 17 de fevereiro, as férias de Páscoa entre 30 de março e 10 de abril e entre 2 e 6 de fevereiro há a interrupção letiva para as avaliações do primeiro semestre.

Ensino profissional e residências estudantis

No capítulo do ensino profissional, Rui Cabral anunciou que este ano todos os pedidos de cursos apresentados pelos agrupamentos foram aprovados pela tutela. No total, são mais de 700 alunos inscritos neste percurso, distribuídos por sete cursos profissionais na Escola Ferreira de Castro, onze na Escola Soares Basto e dois nas escolas Ferreira da Silva e de Fajões. O vereador fez questão de frisar o mote o ensino profissional “não é um plano B, mas sim um plano para a vida”, sublinhando a importância da sua valorização junto dos jovens e das famílias.

Já o presidente da Câmara destacou o projeto das residências de estudantes na Quinta do Comandante. A intervenção será concretizada em duas fases: a primeira, que deverá avançar até ao final do mandato, prevê a construção de um edifício novo com 20 quartos, num investimento a rondar 600 mil euros. A segunda fase implicará a recuperação da antiga casa da quinta, transformando-a em residência com 35 quartos adicionais, num investimento próximo dos dois milhões de euros. O autarca sublinhou que esta infraestrutura terá um papel importante na fixação de jovens no concelho e no apoio a quem frequenta os cursos profissionais.