António da Silva Rodrigues: Honra ao mérito

Opinião

António da Silva Rodrigues nasceu na freguesia de Ul no dia 23 de Fevereiro de 1942.
Na aldeia natal concluiu a então escola primária, cedo revelando raras qualidades de inteligência e de trabalho.
Ao jeito da época, entrou de imediato no mundo do trabalho. Viviam-se os princípios da década de cinquenta, a Guerra Mundial de 1939 a 1945 terminara há pouco, dir-se-á que o concelho de Oliveira de Azeméis iniciava a sua “revolução industrial”.
A indústria dos moldes, nascida de algum modo a partir da indústria do vidro, ensaiava os primeiros passos, e foi nessa actividade, na banca de serralheiro, que António da Silva Rodrigues conheceu as agruras de um trabalho duro.
Verificando o seu entusiasmo e uma natural aptidão para esta actividade, o avô materno criou na provinciana vila de então, no rés-do-chão de um edifício da Rua de António Alegria que fora anteriormente oficina de ferrador, uma pequena unidade familiar no ramo dos moldes.
A dinâmica imposta cedo conduziu à construção de instalações próprias, ainda que de reduzida dimensão, perto do actual Hospital de São Miguel. Também estas se revelaram exíguas, e daí a promissora SIMOLDES haver sido das primeiras unidades a fixar-se na então embrionária Zona Industrial.
A empresa entraria então na sua imparável rota, com a construção de várias unidades, acrescentando ao fabrico de moldes a injecção de plásticos.
Foi o momento de avançar decididamente no caminho da exportação. Os plásticos vieram revolucionar a indústria. António da Silva Rodrigues surge em Portugal como pioneiro. A SIMOLDES transforma-se vertiginosamente num dos maiores e mais prestigiados fabricantes de componentes para a indústria automóvel. Instala-se ali a mais avançada tecnologia. É a hora da consagração.
Segue-se a fase da internacionalização. A SIMOLDES, acorrendo ao chamamento dos mercados internacionais, instala-se em vários continentes. Mas António da Silva Rodrigues, empresário mundialmente reconhecido e respeitado, revela as suas muitas preocupações sociais.
Para além das muitas e então quase inéditas regalias concedidas aos seus colaboradores, surge a apoiar todos os movimentos e instituições do concelho e mesmo para além destas fronteiras. Sejam culturais, recreativas, desportivas, de beneficência, de solidariedade, de maior ou menor dimensão. Um verdadeiro Mecenas.
Um cidadão prestante, generoso ao extremo, disponível, um empresário de renome mundial que jamais esqueceu as suas origens e que, mantendo uma inexcedível humildade, jamais se deixou embriagar pela visibilidade pública a que inevitavelmente as circunstâncias o expõem.
A Pátria, pela mão do Presidente da República, distinguiu as raras qualidades de empresário, concedendo-lhe a Comenda de Mérito Industrial.
A Câmara da sua terra, ao atribuir-lhe a Medalha de Ouro, o seu mais elevado galardão, consagrou o Cidadão exemplar.     
No dia do 83.º aniversário, a freguesia de Ul quis prestar homenagem ao     seu conterrâneo, legítimo motivo de orgulho.    

 

Autor: colaborador do Correio de Azeméis

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