20 Oct 2024
Deputado esteve no quartel dos BV de O. de Azeméis e em Ossela, que recentemente foi afetada pelos incêndio, tendo defendido a necessidade de criação de "condições para que as pessoas que se dedicam à profissão de bombeiro tenham alguma compensação"
O deputado à Assembleia da República pelo PCP, António Filipe, além de ter estado no quartel dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, onde falou com o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, João Pinho, o deputado visitou ainda a freguesia de Ossela, tendo auscultado alguns moradores que viveram momentos de aflição com os incêndios que afetaram a região.
António Filipe, em declarações à Azeméis TV/FM, começou por referir que “há um motivo imediato [para a visita], que foi de facto a gravidade que assumiram os incêndios que ocorreram no passado mês de setembro e que implicam da nossa parte uma necessidade de vir conhecer os locais, ver quais foram os problemas que se verificaram relativamente ao combate a estes incêndios, para podermos trabalhar melhor sobre as medidas que é preciso tomar a vários níveis. Naturalmente que há aqui um problema que tem a ver com o apoio imediato às populações, naquilo que for possível remediar, relativamente a apoios para reconstrução de culturas, de empresas, de habitações. No fundo, procurar suavizar os prejuízos que as pessoas tiveram,e isso é um processo que está em curso na Assembleia da República e para o qual o PCP também contribuiu com as suas propostas”.
“É preciso criar condições para os bombeiros”
Para além de Ossela, o deputado do PCP visitou ainda o quartel dos BV de Oliveira de Azeméis, tendo estado à conversa com o presidente da associação, João Pinho.
“Também conversámos com os bombeiros para saber o que é que é possível melhorar e também num momento em que temos em curso, por iniciativa do PCP, um conjunto de iniciativas relativas ao estatuto social dos bombeiros, à questão das carreiras dos bombeiros, (…) que está muito desatualizado”, começou por referiu António Filipe à Azeméis TV/FM, acrescentando que “para além das palavras e dos elogios é preciso passar aos atos e criar condições para que as pessoas que se dedicam à profissão de bombeiro ou ao voluntariado como bombeiros tenham alguma compensação por isso”.
Extinção dos guardas florestais é um problema do país
“Nós na nossa região o grande problema é que temos gente que tem terrenos, mas não tem condições financeiras de fazer a devida limpeza, muitas vezes até por questões de idade. Naturalmente tem que haver medidas e um dos problemas gravíssimos que se passou no nosso país foi a questão da extinção dos guardas florestais que era um elemento fundamental de proteção da natureza”, afirmou Óscar Oliveira, membro da Concelhia do PCP, em declarações ao Correio de Azeméis.
Visitar as pessoas afetadas é fundamental
“O facto de se conversar com as pessoas permite também reforçar um pouco aqui esta ideia, de que efetivamente há um papel que não só o poder central, mas também o poder local, não exercem sempre devidamente. (…) Não é possível fazer uma avaliação, seja à priori ou não, sem ir aos lugares saber os prejuízos das pessoas. E o que hoje constatámos é que, pelo menos com as pessoas com quem falámos e por onde circulámos, não vimos que tivesse sido feito esse levantamento”, referiu Vitor Januário, membro do CDU, ao Correio de Azeméis.