Executivo aprovou orçamento de 68,5 milhões de euros para 2025

Reuniões de Cãmara e Assembleia Municipal Concelho

Joaquim Jorge definiu este orçamento como sendo um "orçamento rigoroso, mas ambicioso nas suas propostas". Já o PSD refere que este "não seria o nosso orçamento", defendendo um orçamento mais "humanista, virado para as famílias".

Foi aprovado, na última reunião de câmara, com os votos contra dos vereadores do PSD, o orçamento do plano plurianual de investimentos para o ano de 2025, com o valor de 68,5 milhões de euros, representando assim um aumento de cerca de oito milhões de euros relativamente ao ano anterior, e que conta com um volume de investimentos de cerca de 30 milhões de euros.

O presidente da câmara Joaquim Jorge definiu este orçamento como sendo um "orçamento rigoroso, mas ambicioso nas suas propostas”. Já o PSD referiu que este "não seria o nosso orçamento", defendendo um orçamento onde tivesse plasmada uma estratégia "cada vez mais humanista, mais centrada nas pessoas e nas famílias, na coesão territorial, na inclusão social e não tanto nas grandes obras". 

“Este orçamento encerra um ciclo de investimentos relevantes, eu diria mesmo sem precedentes no nosso concelho e prepara o novo ciclo que se iniciará com o novo mandato autárquico. A aposta estratégica continua a ser exatamente a mesma. Continuamos a eleger a educação como aposta prioritária. A importância de preservarmos e até regenerarmos o meio-ambiente. Também preocupações não só com questões de recolha seletiva de RSU mas também colaborar no processo de redução da produção de RSU’s. (…) Apostar também no desenvolvimento económico do concelho, fixando o que existe e captando novos investimentos. A dinamização da atividade cultural e turística é crítica”, começou por referir Joaquim Jorge na explicação do orçamento do plano plurianual de investimentos para 2025.

“Grande parte dos investimentos são na cidade”

“A nossa política de valorização do território teria sempre de passar por um reforço da atratividade das nossas 19 freguesias. Ao contrário daquilo que, nos parece a nós, verifica atualmente, em que grande parte dos investimentos orçamentados são na cidade. Aquilo que verificamos é que as freguesias se vão afastando, vão ficando mais distantes, não só do centro da cidade, mas também entre si”

José Campos,vereador do PSD

“Discordo absolutamente do que disse de que os investimentos se concentram na cidade. O Parque Verde em Carregosa, a Rota das Alminhas em Mac. Sarnes, a Casa das Coletividades em Fajões, o Monte de São Marcos que vai ser inaugurado, a requalificação da sede do NAC, a Casa da Ruralidade em Cesar, a Escola Cantina em S.M. da Gândara, o Sindicato de Vidreiros do Norte em S.Roque, o Centro Interpretativo em Ossela, enfim, estaria a aqui a falar muito tempo sobre uma preocupação que tem existido de promovermos o desenvolvimento do território de uma forma coesa”

Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal

As ZI’s do Nordeste e de Nogueira do Cravo/Pindelo

“Finalmente em 2024, e após vários anos de promessas, começamos a ver também aqui a luz ao fundo do túnel no que diz respeito à requalificação da ZI do Nordeste e da ZI de Nogueira do Cravo/Pindelo. O povo costuma dizer, e bem, mais vale tarde que nunca. Mas a realidade é que basta falar com os nossos empresários e com os nossos trabalhadores para percebermos os constrangimentos que estes atrasos causaram e que continuam a causar. O nosso setor industrial tem de facto ser uma prioridade estratégica para a competitividade e desenvolvimento do nosso concelho. O presidente disse, em meados de 2023, numa reunião de câmara, que estas duas zonas industriais estariam seguramente integralmente requalificadas até ao final do mandato [2025], e eu faço sinceramente votos para que assim seja”

José Campos,vereador do PSD

“A sua intervenção acaba por caracterizar bem a herança terrível que nós recebemos, porque efetivamente quando consegue elencar um conjunto vasto de prioridades, necessidades que são necessárias suprir, e estamos inteiramente de acordo, com a requalificação das ZI do Nordeste e de Nogueira do Cravo/Pindelo, apesar de já termos requalificado com investimentos substanciais a ZI de Oliveira de Azeméis e também parte da Área de Acolhimento Empresarial de Ul-Loureiro”

Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal

Requalificação da rede viária a um ano de eleições “não me parece que seja coincidência”

“Outra prioridade que nós achamos que foi ficando para trás ao longo destes quatro anos de mandato e que diz respeito à requalificação da nossa rede viária. Agora sim, parece que é prioritária, mas já deveria ter sido. É certo que haverão sempre vias rodoviárias que irão necessitar sempre de requalificação, mas também é certo que muitas delas, não obstante os vários alertas, foram sempre deixadas sem intervenção para agora, muitas delas, a um ano de eleições, aparecerem previstas requalificar, numa frente de obra enorme. Francamente, não me parece que seja coincidência que estas empreitadas tenham começado agora” 

José Campos,vereador do PSD

“O estado atual da rede viária é muito resultado do que devia ter sido feito no passado e não foi. Nunca me ouviu dizer que temos a nossa rede viária perfeita, estamos a fazer um grande esforço para a recuperar, mas aquilo que acontece é que muitas das vias que nós temos em mau estado e que induzem nas pessoas o desconforto com os danos nas viaturas, resultam da necessidade de fazermos as redes de água e saneamento, que já deviam estar feitas há muito tempo. A rede viária está efetivamente degradada, mas há uma coisa que nós não fugiremos: à nossa responsabilidade, que é pedir desculpa pelos transtornos que causamos” 

Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal

Os motivos para o voto contra do PSD

Em resposta o vereador do PSD, José Campos, começou por referir que os principais motivos para o voto contra dos vereadores do PSD se prendiam com o facto de não verem neste orçamento:

- Medidas estratégicas para fixar e atrair pessoas para o concelho;
- Reforço no apoio à natalidade;
- Reforço de atratividade para as freguesias, afirmando que “parte dos investimentos são na cidade”;
- Reforço às famílias oliveirenses através da redução das tarifas de água e saneamento e das tarifas de resíduos sólidos urbanos;
- Alargamento do Vale de Educação ao Ensino Secundário, Privado e Cooperativo;
- Redução da participação dos oliveirenses na taxa de IRS (atualmente no máximo, 5%);
- Conclusão da Via do Nordeste.

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