2 May 2022
Rosa Alves *
No dia 25 de Abril de 2022, comemoramos 48 anos de Democracia. 48 anos foi também o tempo que vivemos sob a ditadura do Estado Novo. 48 anos de opressão, mas também 48 anos de resistência.
Entre 1926 e 1974, o regime de Salazar impôs uma miséria ao povo português e nas suas colónias, montando ainda um sistema de censura e repressão. Por outro lado, no Estado Novo, as mulheres não eram cidadãs de pleno direito, sendo discriminadas na lei. Disto resultava que, por exemplo, a violência doméstica não fosse criminalizada. Além disso, as raparigas tinham um currículo escolar diferente, onde se fazia propaganda dos papéis de género.
As mulheres, nomeadamente as mulheres comunistas, tiveram um contributo muito importante na luta pelos seus direitos, pela justiça social e pela liberdade, desde os anos 30 até ao 25 de Abril.
Durante o regime fascista, muitas pessoas foram perseguidas, presas, torturadas e até mortas, mas, pela sua resistência e coragem, venceram a 25 de Abril de 1974.
Só com a revolução se consagraram os direitos ao voto universal, à saúde e à educação para todos, bem como o fim da guerra colonial, a democracia e a liberdade de expressão.
A Revolução dos Cravos, que comemoramos, exige que se cumpra o que com ela se pretendia alcançar, para que se conquistem direitos essenciais e se libertem outros das ameaças a que estão sujeitos. Naturalmente, a resistência continua.
O PCP continuará a defender a Constituição, o direito à habitação, à saúde, com um Serviço Nacional de Saúde valorizado, e à educação pública de qualidade, por um país com mais justiça social e esperança.
Viva o 25 de Abril.
* Membro da Comissão Concelhia do PCP