31 Jan 2023
Urb@nidades - Rui Nelson Dinis
Rui Nelson Dinis *
As pessoas são o mais importante nas organizações. Sem dúvida. Mas não quaisquer pessoas. Antes, as pessoas certas.
Com frequência constatamos que muitas organizações são compostas por muitas pessoas, mas isso pode não ser suficiente, porque não serem as pessoas certas. Escolher pessoas para as organizações não é tarefa fácil. Os processos de recrutamento, seleção e contratação das pessoas, são dos mais complexos e, sobretudo, dos mais arriscados em qualquer organização.Erros frequentes de casting, com as mais diversas origens, equívocos e distorções, levam a que as pessoas que as constituem, em certo momento, não sejam as certas. Ainda assim, estão lá. Completam e dão dimensão às organizações.Mas, infelizmente, funções e responsabilidades maiores são muitas vezes confiadas a pessoas sem experiência de vida, sem mundo, sem cicatrizes da vida, entupidas de alcatifa e ar condicionado. Muitas delas, nunca resolveram um problema de vida ou de morte, para além de uma mosca que lhes tenha caído no leite, mas foram certeiras (ou felizardas) nas entretelas dos papéis.Souberam sempre quem seduzir, para quem remeterem, despachar e dar seguimento, com a certeza de não assumirem qualquer risco, nem cometer qualquer erro. Como se tal fosse possível.Enfim, o caldo perfeito para tropeçarmos em escolhas inúteis, atores incapazes de concretizar, ingenuidades e inocências que chegam a ser chocantes. Os chamados “lados B” da vida, tomam conta, paulatinamente, dos balcões de atendimento. Nem sempre percebemos como. Até ao desastre final.
(dinis.ruinelson@gmail.com)