11 Dec 2023
António Mota *
(Continuação da edição amterior)
Artigo in Nogueira do Cravo – a Terra e as Gentes
Poema de António Augusto Mota
A Mina do Pintor, em Nogueira,
Em trabalho permanente,
Durante um século e meio,
Deu o pão a muita gente.
Os homens nas galerias,
Em labor duro e penoso,
Com picareta e pá, lá iam
Procurar filão luminoso.
De volta à noite, traziam
Os gasómetros para testarem.
Enchiam-nos com carboneto,
Para de manhã regressarem.
Todo o minério extraído
Nos fornos era aquecido.
O arsénico sublimava.
Ouro, prata era o escolhido.
As altas chaminés fumegavam,
Noite e dia, sem parar.
Eram sinais de progresso,
Era nogueira a prosperar...
Restam da vida as chaminés,
Altivos marcos de história.
Falta criar um Museu
P’ra preservar a memória.
O Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Oliveira de Azeméis Sr. Joaquim Jorge, “já anunciou o começo da reabilitação da zona da Mina do Pintor”. Esperamos que seja para breve.
* Escultor de Nogueira do Cravo