Atrasos nas obras e o papel da junta animaram debate

Santiago de Riba - Ul PSD-CDS/PP PS CHEGA Oliveira de Azeméis Madail Macinhata da Seixa CDU Ul Bloco de Esquerda Autárquicas 2025

António João Santos (AD - PSD/CDS), António Vitorino Coelho (CHEGA), Fátima Ferreira (PS), Carolina Amaral (BE) e Nelson Pereira (IL), no debate promovido pelo grupo Correio de Azeméis

Debate > União de Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madaíl

Os seis candidatos mediram forças num debate marcado pelo saneamento básico, a habitação, os transportes e o papel da junta na proximidade com a população. As diferenças mais acesas surgiram nas críticas ao atraso das obras e na visão sobre o futuro da freguesia.

“Nós queremos colocar as pessoas à frente dos negócios privados. Hoje em dia nós pagamos uma das faturas mais caras de água do país, a segunda, enquanto a nossa câmara municipal investe milhões em infraestrutura, e quem está a lucrar com isto é uma empresa privada. Defendemos tarifas mais justas, mais transparência, e um plano para devolver a água à gestão pública, porque a água é um bem essencial e não deve estar concessionada a um privado. Queremos enfrentar a crise da habitação, proteger o emprego local e garantir que ninguém é deixado para trás. A promessa de arranjar os buracos das estradas e de arranjar os jardins é muito eleitoral, mas não podemos ficar só pelos anos eleitorais. Temos de pensar em melhorar a qualidade de vida das pessoas no geral e não só estar a falar de coisas banais. Falamos da linha do Vouga, que já tem sido debatida para reabilitação, mas vemos um serviço em colapso. Temos que garantir que há uma ligação entre a junta de freguesia e a população, incentivar a que recorram à junta, mas que tenham respostas. Há um estudo que mostra 144 famílias em situação de carência habitacional, seja por inadequação, sobrelotação ou casas inabitáveis. Precisamos de transparência, participação e fiscalização, porque as obras arrastam-se anos e anos e quem paga é a população.”
Carolina Amaral (BE)

“Essencialmente será a manutenção e melhorias dos espaços verdes, fontes e jardins, o aumento da frequência da limpeza urbana e recolha de lixo a tempos e horas, campanhas de segurança rodoviária, reforço na sinalização vertical e horizontal, limpeza das margens do rio Ul e valorização da sua importância ambiental e turística. Colocar uma ponte pedonal definitiva sobre o rio Ul, requalificar e preservar os cemitérios, criação de um serviço de apoio ao idoso com transportes gratuitos para consultas ao hospital ou centros de saúde, intervenções rápidas de embaraços que são um flagelo na União, passeios unificados e iluminação pública. Colocar ao serviço da população edifícios das antigas juntas e escolas que estão vazias, e dinamizar o comércio local que infelizmente está morto. Temos de ser mais rigorosos com a limpeza urbana, com o atendimento aos fregueses. Iremos ao terreno pelo menos uma vez por semana para nos inteirarmos dos problemas. Criaremos um gabinete de atendimento em cada freguesia, para exporem os problemas e solucionarmos a vida das pessoas. O Chega não admite que as pessoas andem na rua com medo. Vamos pressionar a Câmara e os serviços para garantir segurança, porque não pode ser só para alguns.”
António Vitorino Coelho (Chega)

“Entre as principais prioridades estão a rede viária e a construção de passeios. Temos uma área grande para cuidar e temos de tratar das ruas. Outros eixos são o associativismo ( propomos protocolos anuais com as associações, para que saibam com o que contam) e o apoio às famílias. Incomoda-me que a câmara tenha um projeto de apoio a melhorar as condições de habitação com um apoio de 5 mil euros a fundo perdido, e que muito pouco tenha sido usado. Isto tem de ser usado, porque há muitas pessoas a viverem em habitações que não são condignas e a Junta tem de tomar a iniciativa com parceiros locais. Vamos criar bolsas de estudo para universitários da União que fiquem de fora das da Câmara. É preciso articular com a Câmara obras como o saneamento em Ul, que está mais atrasado. Quando se fala em falta de obras, não é falta de obra, é falta de mão de obra, que atrasa as obras em curso. Há muito a fazer nesta União de Freguesias: mais e melhor limpeza, mas não há milagres. Quem promete ter a cidade e a União de Freguesias limpa e os espaços verdes sempre impecáveis, faz-me lembrar uma promessa de há uns anos, que era a rede de água e saneamento em quatro anos. É preciso termos os pés bem assentes na terra, olhar para as pessoas e resolver os problemas.”
Fátima Ferreira (PS)

“A ideia principal que trazemos não está ligada a grandes obras, mas a boa manutenção, bom cuidado e brilho nas nossas ruas, parques e jardins. As pequenas coisas importam: um cruzamento com vegetação alta, uma valeta suja que enche as casas quando chove. A junta não pode falhar no básico. Queremos dinamizar o comércio com mercado de Natal, concurso de presépios de rua, mercado de produtores locais. Na mobilidade, limpeza e manutenção de espaços públicos, equipamentos em parques, fontanários, dignificar o cemitérios. Criar um percurso pedonal ao longo do Rio Ul, ligar espaços naturais e potenciar o turismo, e intervir no Parque César Guedes para ser multigeracional, com parque infantil e espaços de convívio. Defendemos proximidade física dos serviços da junta em todas as freguesias, e uma rede de apoio às pessoas vulneráveis para deslocações ao centro de saúde. O problema da falta de mão de obra não pode ser desculpa: noutros concelhos há soluções. A Câmara tem obrigação de ajudar esta União, não podemos ter uma junta serena sem reivindicar. O nosso plano é fortalecer a capacidade da junta estar ao serviço das pessoas, manter o básico, e só depois avançar para mais.”
António João Santos (AD – PSD/CDS)

“O poder local é a representação mais próxima do cidadão comum. Devia incentivar o envolvimento da população, pelo que defendemos a criação de um fórum de ideias, como uma assembleia, para juntar pessoas regularmente, ouvir propostas e debater soluções. Valorizamos a autonomia das freguesias e, se for vontade da população, podemos lutar pela desagregação. A freguesia tem que ser um lugar para viver, não só para dormir. Devemos garantir vida pública segura, confortável e limpa, acessibilidade para pessoas com dificuldades de mobilidade, e espaços de lazer. Temos de apoiar o comércio local e ligar à vida social diurna e noturna. Precisamos de maior transparência sobre o funcionamento das ETAR. E de melhorar os transportes: horários regulares, paragens sinalizadas, gratuitidade progressiva para idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida. Devemos apoiar associações culturais na definição do calendário de eventos. A habitação é um direito constitucional que está a ser atacado: é preciso requalificar edifícios abandonados para habitação social, não investir apenas em luxo. 
Precisamos de ouvir a população e dar vida às freguesias.”
Francisca Correia (CDU)

“Uma junta tem que operar em três dimensões: operacional, informação e comunicação. Operacional é manter os espaços limpos, estradas sem buracos, cemitérios cuidados. Informação é ser fonte de verdade sobre apoios nacionais e europeus, como fundos de reabilitação ou apoio a eletrodomésticos. Comunicação é dar a conhecer eventos e atividades, incentivar a participação para que a cultura não desapareça. A minha candidatura foca-se na digitalização: criar um site funcional onde os cidadãos reportem ocorrências, acompanhem processos e recebam respostas. Só assim conseguimos definir prioridades de forma transparente. Temos de organizar dados: o Estado não sabe quantos imóveis públicos tem, nem quais estão abandonados. Precisamos contabilizar terrenos e casas para reabilitar para habitação. Agregar dados ajuda a combater problemas de habitação e incêndios. A desagregação é um erro: significa mais cargos políticos e menos recursos. A melhor segurança é criar comunidade, espaços iluminados com pessoas.  O orçamento da União mantém-se enquanto a inflação aumenta, na prática temos menos. Precisamos lutar por mais meios. O fundamental é uma junta moderna, transparente e eficiente, que esteja ao lado dos cidadãos e não contra eles.”
Nelson Pereira (IL)

 

 

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