BE acusa autarquia de ser cúmplice no colapso da Linha do Vouga

Autárquicas 2025

Sara F. Costa aleta que a situação tem vindo a agravado as dificuldades dos jovens e dos mais idosos

> A linha do esquecimento

O Bloco de Esquerda denuncia a total passividade da câmara municipal de Oliveira de Azeméis perante o abandono a que tem sido votada a Linha do Vouga, a última ferrovia de bitola métrica em funcionamento em Portugal, uma infraestrutura centenária que liga Espinho ao Ramal de Aveiro e que “continua a ser essencial para milhares de habitantes do Entre Douro e Vouga”.

“O Vouguinha não é apenas um comboio antigo: é a única ligação ferroviária que ainda serve vastas zonas do interior. O seu desmantelamento é uma escolha política e a câmara tem-se limitado a cruzar os braços”, acusa Sara F. Costa, candidata do Bloco de Esquerda à câmara municipal de Oliveira de Azeméis.
Nos últimos anos, constata o Bloco de Esquerda “a população tem assistido à supressão de horários, ao envelhecimento do material circulante e a sucessivos adiamentos de investimentos prometidos”. 
“A situação tem vindo a agravar as dificuldades de mobilidade, sobretudo para jovens estudantes e idosos que dependem diariamente do transporte público. Apesar da gravidade do problema, o executivo municipal tem optado pelo silêncio, deixando claro que prefere não confrontar o Governo central nem exigir respostas às entidades responsáveis”, acrescenta Sara F. Costa. 
A candidata do Bloco de Esquerda à câmara municipal de Oliveira de Azeméis diz que não basta invocar a desculpa de que a ferrovia não é competência direta do município. “A Lei n.º 75/2013 confere às autarquias responsabilidades no domínio da mobilidade local, da cooperação intermunicipal e do planeamento estratégico, o que lhes dá legitimidade para intervir, convocar, mobilizar e pressionar as entidades competentes. Quando uma câmara não exige, consente. Quando se remete ao silêncio, é cúmplice do abandono”, critica.
E apresenta uma sugestão: “A câmara podia ter convocado a CP e a Infraestruturas de Portugal para reuniões públicas com a população, podia ter inscrito a requalificação ferroviária nos seus planos estratégicos e no Plano Diretor Municipal, podia ter aprovado e divulgado moções em assembleia municipal e articulado uma frente comum com os municípios vizinhos. Nada disto foi feito. Em vez de estar ao lado da população, preferiu virar a cara ao problema”.
“A câmara enche a boca com discursos sobre coesão territorial e sustentabilidade, mas ignora a degradação de um dos poucos transportes públicos que ainda existem no concelho”, acrescenta Sara F. Costa.
O Bloco de Esquerda exige que a autarquia assuma finalmente responsabilidades: que torne público um plano local de mobilidade ferroviária, que solicite uma audiência urgente com o ministro das Infraestruturas, que crie transportes complementares para as zonas mais afetadas pela supressão de horários e que envolva diretamente as populações nos processos de reivindicação.

 

"Quando uma câmara não exige, consente. Quando se remete ao silêncio, é cumplide do abandono"

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