Em
Correio de Azeméis

29 Oct 2025

Bispo D. Manuel Linda na apresentação das Visitas Pastorais

Concelho

Evento marcou arranque oficial das visitas pastorais às 19 paróquias da Vigararia de Oliveira de Azeméis/São João da Madeira, liderada por padre José Manuel Lima

“A nossa Igreja não está a definhar, está a readaptar-se aos tempos”

Na sessão de apresentação das visitas pastorais à Vigararia de Oliveira de Azeméis / São João da Madeira, o bispo do Porto, D. Manuel Linda, afirmou que a Igreja vive “um tempo de reconfiguração e esperança”, rejeitando qualquer ideia de declínio e sublinhando que o espírito do Sínodo “pode e deve realizar-se também entre nós”, nas comunidades locais.

A cerimónia decorreu na paróquia de São João da Madeira e marcou o arranque oficial das visitas pastorais às 19 paróquias da vigararia. O encontro contou com a presença dos bispos D. Manuel Linda e D. Roberto Mariz, bem como do padre José Manuel, vigário da zona, que lançou o tom da noite, pedindo que este tempo fosse vivido com “fé, esperança e caridade”: “A visita pastoral é um tempo de comunhão e de conversão. Que cada paróquia se prepare com verdade, com carinho e com espírito sinodal”, enfatizou.
O bispo auxiliar D. Roberto Mariz destacou o valor das visitas como momentos de gratidão e comunhão: “A visita pastoral é um gesto de reconhecimento e de unidade. O bispo vem fortalecer a fé e agradecer o serviço generoso das comunidades. É um tempo de alegria, de encontro e de compromisso pastoral.”
No seu discurso, D. Manuel Linda retomou a tradição das visitas pastorais na história da Igreja, lembrando que os bispos são chamados “a sair das suas casas e ir ao encontro do povo de Deus”. Sublinhou, no entanto, que hoje a dimensão pastoral vai mais fundo do que a mera verificação administrativa: “As visitas pastorais são um tempo de ânimo. O bispo não vem fiscalizar, vem animar. Ninguém tem o direito de desanimar ou de ficar sentado à beira do caminho.”
Com entusiasmo, o bispo do Porto defendeu que a Igreja vive um momento de transformação, não de declínio: “A nossa Igreja não está a definhar. A nossa Igreja está a readaptar-se aos tempos. É um organismo vivo: ora navega na maré alta, ora parece retrair-se na maré baixa, mas continua viva e guiada pelo Espírito.”
Referindo-se ao Sínodo Universal, D. Manuel Linda insistiu que este caminho não se esgota nas assembleias de Roma, mas deve prolongar-se nas comunidades locais:  “Terminámos o Sínodo Universal, mas o Espírito de Deus continua a trabalhar, a repensar a Igreja que queremos ser e a fé que queremos viver. Esse caminho pode e deve realizar-se também entre nós, nas nossas paróquias e dioceses.”
O prelado acrescentou que o Ano Jubilar da Esperança oferece uma oportunidade concreta para viver esse espírito sinodal e de renovação comunitária: “O Jubileu é um tempo de graça e de discernimento. Um convite à escuta, à comunhão e à esperança que nos faz permanecer unidos na fé.”
A sessão terminou com a oração do Jubileu, seguida da bênção final e de um cântico alusivo à esperança, simbolizando o arranque de um tempo de visita, proximidade e renovação espiritual para a Igreja diocesana.

 

“Cada visita pastoral deve ser preparada com o coração aberto. É um tempo de encontro entre o pastor e o povo, mas também um momento de conversão para todos nós. Queremos que este caminho seja vivido com alegria e fraternidade, não como uma obrigação, mas como uma oportunidade para crescer juntos.” 
Padre José Manuel, vigário da Vigararia de Oliveira de Azeméis / São João da Madeira

“A visita pastoral é um momento de reencontro e de escuta. É a Igreja que se olha nos olhos e reconhece a beleza do muito que já faz. É um tempo de proximidade, onde o bispo vai ao encontro das comunidades, mas também se deixa evangelizar por elas. As visitas não servem para avaliar quem faz mais ou menos. Servem para agradecer, discernir e renovar a esperança.”
D. Roberto Mariz, bispo auxiliar do Porto

“Nenhuma comunidade está sozinha. O bispo visita não para ver o que falta, mas para descobrir o que o Espírito já está a fazer entre nós. O futuro da Igreja não se constrói com pessimismo, mas com esperança ativa. Mesmo quando o mundo parece indiferente, a fé continua a gerar vida. É belo perceber que, enquanto muitos pensam que a Igreja está a enfraquecer, o Espírito Santo continua a suscitar novas formas de comunhão, de missão e de alegria.” 
D. Manuel Linda, bispo do Porto
 

Partilhar nas redes sociais

Comente Aqui!









Últimas Notícias
Três feridos em colisão entre dois carros
29/11/2025
Faleceu o padre Albino Fernandes
28/11/2025
Três décadas de adaptação e parceria no coração da indústria
28/11/2025
CENFIM consolida papel estratégico na formação técnica
28/11/2025
Mário Rebelo: “Foram os moldes que trouxeram a tecnologia para Portugal”
28/11/2025
Moldoplástico: o berço da pujança industrial do concelho
28/11/2025
Um pinheirense entre os Campeões do Mundo por Portugal
27/11/2025
GNR de Oliveira de Azeméis desmantelou rede de tráfico
27/11/2025