Capela de La Salette com uma nova “sobriedade”

Concelho

O escultor cucujanense, Paulo Neves foi o responsável pela construção do novo visual da Capela de Nossa Senhora de La Salette. O resultado foi uma simbiose entre a natureza e o santuário que permitiu dar uma sobriedade “diferente” ao edifício religioso. Paulo Neves idealizou um sacrário, um ambão, uma cadeira presidencial e um altar para a Capela de La Salette, um projeto que lhe deu “um gosto especial” em concretizar. Inspirando-se na natureza do pulmão verde da cidade e na “queda das folhas e das árvores”, construiu, através de madeira, estes quatro elementos que pretenderam dar “uma outra aura e um outro espírito” ao santuário. As peças, agora dispostas no edifício, surtiram o efeito que o escultor desejava para aquele lugar. “Sou suspeito a falar, mas julgo que a capela ficou com outra aura”, considerou o cucujanense. “Antes, estava maçuda e muito escura e acho que ela agora ficou com uma aura mais sóbria, ampla e transparente”, descreveu. O resultado final da junção das várias peças na capela deixou o escultor “muito contente”, apesar de não saber se as pessoas gostaram da mudança. “Não falei com ninguém, por isso não faço ideia”, comentou Paulo Neves. Recorde-se que, há uns meses, o pároco de Oliveira de Azeméis, José Lima, contactou o escultor para ir ao Parque de La Salette para idealizar um sacrário para o espaço. Após pensar na proposta, o cucujanense chegou à conclusão de que, para as peças fazerem sentido, o ideal seria começar do zero e fazer também o altar, o ambão e a cadeira presidencial. O cucujanense abraçou o desafio, com uma salvaguarda - caso não gostassem do trabalho final, ficaria com as peças para si. “Não quero impor nada a ninguém”, dizia Paulo Neves na altura. “Tentei dar o meu melhor para que as pessoas, quando fossem ao santuário, se sentissem bem e para que rezassem melhor do que rezam agora”, concluiu o artista. Capela alvo de intervenção nos anos 70 A Capela de La Salette tem uma longa história e foi um projeto de um arquiteto portuense, António Correia da Silva. “Nos anos 70 houve uma intervenção que, no meu ponto de vista, criou algum ruído no interior da igreja. Este mote, de pedir novas peças para a capela de um escultor bem conhecido de todos nós, foi, no fundo, um ponto de partida para repensarmos o espaço da capela”, descreveu a arquiteta oliveirense Ana Isabel da Costa e Silva numa entrevista à Azeméis TV, referindo-se a Paulo Neves. “Desta forma, encontrou-se um melhor enquadramento para a inserção das peças do Paulo Neves”, acrescentou. A capela foi pintada entretanto, o que, para a arquiteta, revelou-se “essencial”, porque as novas peças criariam “mais ruído” mal fossem colocadas. “Foi necessário dar uma espécie de tranquilidade às peças em madeira”, completou.  

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