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Correio de Azeméis

12 May 2025

Carla Rodrigues: a primeira cucujanense no Governo em 50 anos

Legislativas 2022

> Tomou posse no dia 13 de fevereiro como Secretária de Estado Adjunta e da Igualdade

A Cucujanense Carla Rodrigues tornou-se, a 13 de fevereiro, a primeira Cucujanense a fazer parte do Governo em 50 anos, aquando a tomada de posse como Secretária de Estado Adjunta e da Igualdade.
A Azeméis TV/FM foi até à sede do Governo em Lisboa, no Campus XXI, numa iniciativa inédita, viver o quotidiano de um membro do governo que demonstrou não esquecer as suas raízes, mesmo a muitos quilómetros da sua terra natal, Cucujães.

Balanço muito positivo, mas curto. O balanço é muito positivo. Foi muito enriquecedora esta experiência. As pessoas que conheci, são  absolutamente extraordinárias. A experiência superou as minhas expetativas. Em termos do trabalho desenvolvido, há essa frustração de não termos tido tempo de fazer mais e melhor, porque eu não vim para cá para ser secretária de Estado, eu vim cá para fazer alguma coisa e para desenvolver algum trabalho e tive muito pouco tempo para o fazer e, portanto, há aqui esta frustração. Mas a experiência foi extremamente positiva e não me arrependo de todo de ter aceite este convite”

Secretária de Estado por função, Cucujanense por identidade. “Eu não sou Secretária de Estado, eu estou secretária de Estado neste momento. Aquilo que eu sou é Cucujanense, Oliveirense, advogada, mãe, esposa, isso é aquilo que eu sou, isso é aquilo que me define. O que eu faço neste momento é um lugar que eu ocupo, portanto, eu estou Secretária de Estado neste momento, mas não é isso que me define”

Desafio exigente, missão gratificante. “É um desafio muito grande. Temos uma excelente equipa, não só a minha equipa pessoal, como a equipa da Ministra, que trabalhamos em cooperação e colaboração constante e, portanto, eu não estou sozinha, isto não é um trabalho individual e pessoal, isto é um trabalho comum, um trabalho de uma grande equipa, um trabalho de equipa muito desafiante, difícil, mas muito satisfatório e muito compensatório. Estou aqui há pouco tempo, tomei posse no dia 13 de fevereiro, mas tem sido uma experiência extremamente gratificante, porque realmente não só em termos pessoais, do enriquecimento pessoal que a experiência me traz, mas sobretudo em termos mais globais e comuns de tudo aquilo que nós podemos fazer e temos feito para benefício da vida das pessoas”

O desafio que “mais transformação a nível pessoal e familiar me trouxe”. “Foi o desafio que mais transformação a nível pessoal e familiar me trouxe. Suspendi a minha inscrição na Ordem dos Advogados, quando fui deputada eu mantive esse trabalho, tive que suspender também o cargo de conselheira no Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, que também me custou porque era um serviço que eu prestava com gosto e com muita satisfação pessoal. E a nível familiar eu tive que encontrar casa em Lisboa porque eu estou aqui de segunda a sexta e às vezes ao fim de semana também”

“Eu continuo a ser a Carla”. “As pessoas que me são próximas sentem isso[orgulho de estar no Governo]. As pessoas, os meus amigos, a família, a comunidade onde eu estou inserida, a paróquia, sentem. A esmagadora maioria das pessoas olham para mim como sempre olharam e eu acho isso bem. No fundo, continuo a fazer as mesmas coisas, a ir aos mesmos sítios, quando posso, obviamente, e as pessoas olham para mim com a mesma naturalidade, eu continuo a ser a Carla. Há pessoas que provavelmente ainda nem se aperceberam de que têm uma secretária de Estado em Cucujães”

A ligação à terra. “Eu, de facto, nunca perdi [ligação à terra], porque a minha família sempre esteve em Cucujães, foi lá que eu criei raízes, é lá que eu tenho a minha casa, e sempre encarei estes lugares como transitórios e precários. Eu estou aqui a desempenhar uma missão. Isto não é um trabalho, isto não é um emprego, isto não é uma carreira. Eu estou aqui a desempenhar uma missão, que é delimitada no tempo e, portanto, a minha base, as minhas raízes, o meu chão é Cucujães, é Oliveira de Azeméis e é para lá que eu regresso, que tenho a minha vida e a minha história”

O suporte da família. “Eu tenho o suporte da minha família, do meu marido. Sempre me incentivou e me apoiou a abraçar todos estes desafios, dizendo: eu estou cá para assegurar aquilo que for preciso assegurar e só assim é que se consegue estar disponível física e mentalmente para um serviço como este. A minha filha tem 12 anos, está quase a fazer 13 anos, claro que sente a falta da mãe, mas tem muita consciência da importância do trabalho que desempenho e sente essa satisfação e esse orgulho de a mãe estar a trabalhar numa coisa muito importante para transformar e melhorar também a vida dela. Ela encara isso com muita satisfação, sentindo, obviamente, as saudades da mãe que eu tento colmatar de alguma forma”

Orgulho em representar Cucujães. “Eu tenho recebido muitas manifestações de apoio e de parabéns de muitas pessoas mesmo. Recebi imensas mensagens quando foi tornado público, imensos telefonemas e contactos, as pessoas sentem esse orgulho e esse gosto em terem uma pessoa que as represente no Governo. Eu espero que eles tenham esse orgulho, assim como eu tenho o orgulho em representar Cucujães”

O padrinho político. “António Silva, no fundo, é o meu padrinho político. Foi ele que me convidou, era eu uma jovem, para integrar a lista dele ao segundo mandato de candidatura à Junta de Freguesia de Cucujães e convidando-me logo para ocupar o lugar de presidente da Assembleia de Freguesia. Foi um desafio grande que eu aceitei um bocadinho até ingenuamente, sem saber o que é que seria isso, mas que gostei bastante, gostei muito de desempenhar esse cargo político. Fui depois presidente da Assembleia de Freguesia durante três mandatos, 12 anos”

A importância de passar pelas Juntas de Freguesia. “O trabalho autárquico nas freguesias, dá-nos uma perspetiva diferente da política. Considero que é uma boa escola para quem quer desenvolver outros cargos na vida política. Começar por uma freguesia, o contacto próximo com os cidadãos, com os eleitores e as políticas locais e o sentir como é que as políticas podem fazer a diferença na vida das pessoas. (…) Saímos à rua, o cidadão está ali, há muito aquele convite para ir ao aniversário do clube, da associação, e há muito essa proximidade com as pessoas e é esse o verdadeiro sentido da política”

O espírito e a alma Cucujanense. “Eu passei por todos esses patamares [Junta de Freguesia, Câmara Municipal, Assembleia da República]. A freguesia foi onde comecei e não há amor como primeiro amor, para já porque é a minha freguesia, é Cucujães. Onde eu vou, levo imediatamente esse espírito Cucujanense e essa alma Cucujanense, que só quem é de lá é que a sente. Sente esse orgulho Cucujanense e, portanto, é a minha terra, foi o meu primeiro trabalho, a minha primeira missão ao nível político e foi aquela que de facto me ficou no coração”

A lembrança em Lisboa, diretamente de Oliveira de Azeméis. “Foi a Women's Cup que foi organizada pela Escola Livre de Azeméis e eu estive presente na final. Foi a equipa da casa que ganhou esse prémio e esta é uma lembrança que eu guardo com carinho porque foi a primeira lembrança de uma visita oficial que eu fui, logo em Oliveira de Azeméis e, portanto, não podia ter sido mais simbólica e significativa esta minha presença e esta lembrança”

Cooperação e solidariedade entre ministérios. “A minha secretaria de Estado é muito transversal. Trabalhamos muito com outros ministérios na aplicação das nossas das nossas políticas e há uma verdadeira cooperação com os outros ministérios. (…) Há sobretudo uma solidariedade, porque há a perspetiva de que nós de facto estamos aqui a trabalhar para um objetivo comum, ou seja, eu não trabalho só para aquilo que são as políticas do meu Ministério e os outros não trabalham só para aquilo que são as políticas do seu Ministério. Nós trabalhamos num governo comum e trabalhamos com um objetivo comum. (...) Há muitas políticas que são transversais a vários ministérios e nós temos que trabalhar isso e, portanto, não pode haver aqui uma lógica de competição ou de rivalidade, tem que haver aqui uma lógica de comunhão e essa lógica eu tenho encontrado temos esforçado também para a cultivar, porque só assim é que nós podemos trabalhar e as nossas políticas terem um efeito útil na vida das pessoas. (…) Luís Montenegro cultiva muito essa solidariedade e essa comunhão no Governo”

Forte apoio por parte da ‘equipa’. “Isso foi uma surpresa que eu tive. Eu entro num governo que já tem 11 meses de trabalho, que já estava coordenado, e eu entro com o comboio em andamento e, portanto, tive esse receio de ser olhada como uma estranha. Senti esse esforço de me integrarem e de me ajudarem a acompanhar a velocidade. Foi uma agradável surpresa que tive. Senti muito esse apoio, senti muito esse esforço de me integrarem, houve uma solidariedade muito grande, até em termos pessoais, para aquilo que eram as minhas dificuldades, a minha experiência tem superado largamente as minhas expectativas”

“Ciclos políticos devem ser de quatro anos”. “Eu acho que esta instabilidade que temos vindo a viver e que vivemos, o governo anterior também só esteve um ano, um ano e pouco. [Eu acho que] devem ser de quatro anos, salvo alguma coisa grave que aconteça, mas os ciclos políticos devem ser de quatro anos. Para completar um trabalho e ao fim de 4 anos, aí sim, com as circunstâncias todas reunidas e com o trabalho desenvolvido, prestar contas aos cidadãos e os cidadãos avaliarem se devem continuar ou se devem mudar de governantes. A palavra tem que ser dada ao povo, mas ao fim de quatro anos. Ao fim de um ano e meio não é possível fazer uma avaliação do trabalho desenvolvido, porque o trabalho não foi concluído, não foi completado, estava a começar. Em última análise, quem sai prejudicado não são os governantes que viram o seu trabalho interrompido, são os portugueses que não veem o impacto das políticas e que não veem os seus problemas resolvidos”.

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