Carlos Fonseca, o ‘pai’ do teatro oliveirense

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Presidente fundador da Companhia de Teatro de Azeméis, Carlos Fonseca esteve no programa ‘ADN Oliveirense’, transmitido pela Azeméis TV e moderado por Helena Terra, onde revelou sonhos, confessou mágoas mas, sobretudo, permitiu uma viagem no tempo pela história do Teatro em Oliveira de Azeméis.

> FUNDADOR DO GOTA E DA COMPANHIA DE TEATRO DE AZEMÉIS

Carlos Fonseca é, por muitos, considerado como o ‘pai do teatro oliveirense’. Chegou a Oliveira de Azeméis em 1974 e logo em 1975 foi co-fundador do grupo de teatro GOTA. Pela sua mão, só da sede do concelho de Oliveira de Azeméis, passaram cerca de 200 atores.

 

O nascimento do ‘GOTA’
“Na altura os retornados encontravam-se todos na Liga dos Combatentes e um dia, um jovem perguntou-me “o que é que nós fazemos aqui, nesta pasmaceira em que não temos nada para nos entreter?”. Eu, dentro da minha pacatez, disse que a única coisa que sabia fazer era teatro e começámos em setembro de 1975 [com o GOTA]. No dia 26 de maio de 1976 fizemos a primeira estreia no cineteatro Caracas”.

Uma peça que marcou
“Há um trabalho que adorei fazer, é do tempo da Isabel Maria [Isabel Maria Calejo], a convite dela fiz uma peça de teatro folclórico que adorei e só passado muitos anos é que me disseram que aquele trabalho teve um prémio a nível distrital e um terceiro a nível nacional”.

Um sonho
“Há poucos dias fiz 79 anos e só há um sonho que quero pôr em prática, que é fazer um musical, que já tenho escrito, para Oliveira de Azeméis. Neste momento, qualquer grupo de teatro de Oliveira de Azeméis, sede do concelho, não tem pessoal para fazer o musical que eu tenho, que engloba aproximadamente 40 pessoas. Tenho um musical prontinho para pôr em cena”. 

A cultura em Oliveira de Azeméis
“Nós somos maus de cultura, mas em parte a culpa, também, é dos próprios oliveirenses. Por exemplo, o Caracas foi reconstruído e reduziram os lugares. Se calhar são necessários para acrescentar a um estádio de futebol. Tenho que filtrar aquilo que não quero dizer porque infelizmente as pessoas não sabem avaliar ou podem saber mas não podem desenvolver mais porque o ‘soba não deixa”.

Um projeto ainda na gaveta
“Uma coisa que eu gostava de fazer era um musical de rua onde narrasse o evento que, segundo reza a história, num determinado dia de agosto toda gente chorava e rezava a pedir chuva que nunca vinha, o milagre de nossa senhora de La Salette. Punha os ranchos folclóricos a trabalhar, quanto à chuva punha os bombeiros e na música os próprios ranchos. Lembrei-me que seria ótimo fazer isto em Oliveira de Azeméis e no Parque La Salette”.

O espetáculo que escolheria para o TEMA 
“Se calhar seria o musical [supra mencionado] Não é por ser um trabalho feito por mim, aliás o texto base não é meu, é um texto com centenas de anos, ainda que um pouco insípido. Eu para o trabalho escrevi dez letras. Há um poema que eu adoro e que  é considerado como “hino de Oliveira de Azeméis”. 

Ser ator
“O teatro, para mim, só existe como amador. E a palavra amador diz muita coisa. ‘Ama’ e ‘dor’ e é isso mesmo, nós sofremos muito. Mas se não fosse assim não teria piada nenhuma.  Eu como profissional, no primeiro dia no cachê, não quis ir receber. O meu professor, grande mestre, foi o Paulo Renato, e como encenador foi a Lídia Neves, que está na Casa do Artista”.

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