‘Casa de Marreta’: uma tertúlia sobre a luta contra a opressão

Freguesias Ossela

‘Marreta’ é um dos principais personagens da obra literária de Ferreira de Castro, “A Lã e a Neve.” A iniciativa do centro de estudos foi recriar as reuniões secretas que aconteciam, descritas na obra literária de Ferreira de Castro, sobre a luta contra o regime da época.

> Iniciativa do Centro de Estudos Ferreira de Castro

O Centro de Estudos Ferreira de Castro promoveu, no passado 18 de janeiro, na Casa Museu Ferreira de Castro (Ossela), a iniciativa ‘A Casa de Marreta’, uma tertúlia que contou com os convidados Manuel Carvalho da Silva (CoLABOR) e Paulo Sucena (Ex-Secretário-geral da FENPROF).
Conforme explicou à Azeméis TV/FM, José Carlos, elemento do Centro de Estudos Ferreira de Castro, ‘Marreta’ é um dos principais personagens da obra literária de Ferreira de Castro, “A Lã e a Neve.” Neste sentido, “como é uma personagem que representa quase como se fosse um alter ego do próprio escritor, que encarna uma perspetiva de solidariedade e um operário que luta contra o sistema pela equidade, pela igualdade, pela solidariedade entre todos. Achámos por bem pensar num projeto em que também, como se fazia na casa dele, na Aldeia dos Carvalhos, juntasse as pessoas para discutirem assuntos de caráter social e, portanto, na Casa de Marreta era isso que se fazia. Ele juntava à noite, quando podia, às escondidas, porque era proibido ajuntamentos, era proibido ler livros, juntava as pessoas dos colegas operários das fábricas têxteis da Covilhã, e discutia a forma como poderiam lutar contra o sistema que era injusto e os explorava”, revelou.
Sobre os projetos do Centro de Estudos Ferreira de Castro, José Carlos destacou a importância de continuar a perpetuar a memória do escritor, sendo um dos objetivos “que as escolas também assumam, pelo menos, uma abordagem pedagógica da figura do escritor, com a leitura de excertos ou com a promoção de pequenas atividades lúdicas e pedagógicas que possam levar o escritor, a sua obra e biografia, mais perto dos alunos”, concluiu à Azeméis TV/FM.

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