29 Apr 2025
O convívio realizou-se na casa de António Costa Alves, falecido militante do PCP e cidadão ativo cívica e politicamente, nomeadamente na sua freguesia: Macieira de Sarnes
Coligação aproveitou iniciativa para discutir as eleições legislativas
No passado dia 27 de abril, os militantes e simpatizantes da CDU — Coligação Democrática Unitária, reuniram-se na ‘Quinta do Alves’, em Macieira de Sarnes, para celebrar a Revolução dos Cravos e discutir as preocupações e problemas da população portuguesa.
Ao som de artistas como Carlos Paredes, Zeca Afonso e Paulo de Carvalho, os militantes e independentes da coligação partidária juntaram-se à mesa. “Achamos que estes momentos são extremamente importantes para defender o que foi o 25 de Abril e os seus valores e conquistas, para que não haja algum retrocesso”, frisou Óscar Oliveira, líder da Comissão Política Concelhia do PCP, em entrevista à Azeméis TV/FM.
Com olhos na história do Partido Comunista Português, que celebrou, no dia 6 março, 104 anos, a iniciativa serviu também para relembrar o papel oposicionista ao regime ditatorial que os comunistas desempenharam. “Muitos militantes perderam as suas vidas e outros foram encarcerados durante largos anos para que pudéssemos ter democracia hoje e ter os direitos que garantem melhores condições de vida às pessoas”, sublinhou Vítor Januário, elemento independente da CDU de Oliveira de Azeméis, em entrevista.
Para o comunista, o 25 de Abril não é a comemoração de um aniversário, mas a celebração dos valores e espírito da Revolução dos Cravos. “A celebração é a evocação do momento, mas é sobretudo a discussão do futuro e o futuro exige uma discussão concreta do que é possível fazer, e no nosso caso, o que é possível fazer para transmitir a nossa mensagem”, explicou Vítor Januário.
A cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral de Aveiro para as eleições legislativas, Isabel Tavares, também marcou presença no convívio de confraternização. A candidata é de Eixo, Aveiro, mas trabalha em São João da Madeira e sustentou que estas iniciativas são importantes, porque permitem conhecer de forma mais aprofundada os problemas e necessidades de cada concelho do distrito.
“Não vivo numa bolha, sou operária têxtil, ganho o salário mínimo nacional, sei quais são as dificuldades reais para fazer chegar ao final do mês um salário que tem que se esticar muito, sei as necessidades que existem ao nível das infraestruturas rodoviárias e ferroviárias para o distrito”, argumentou a comunista.