‘Ceifeiras de Fajões’ sopraram 66 velas

As Ceifeiras de Fajões celebraram, no passado sábado, 26 de março, 66 anos de existência. Uma as coletividades mais antigas de Oliveira de Azeméis, que prima pela manutenção de tradições e dinamização do concelho. Álvaro Rocha e Inês Ramos, o presidente e a secretária, estiveram nos estúdios da Azeméis TV/FM para descrever o percurso do grupo e, também para expor o maior problema que têm enfrentado nos últimos anos, a falta de pessoas.
 
Fundada a 26 de março de 1956
“O nosso grupo tem altos e baixos, mas temos muitos mais altos e momentos maravilhosos. Da freguesia de Fajões somos a segunda coletividade mais antiga (…) Para mim o folclore e as Ceifeiras de Fajões estão dentro do coração, porque é das coisas mais lindas que existem”. 
Álvaro Rocha

O amor ao grupo desde bebé
“Já estou no grupo há 19 anos e, para mim, as Ceifeiras são união, amor e carinho. Conhecemos pessoas novas, tanto da nossa faixa etária como mais velhas (…) Entrei no grupo aos três anos porque na altura o meu pai e os meus irmãos já andavam, foi por influência da família”. 
Inês Ramos

A falta de pessoas para dançar: o medo de deixar morrer “raízes” 
“Neste momento estamos parados porque, aos mais velhos, as pernas começam a emperrar, e os mais novos não querem vir para o grupo (…) Os nossos pais deixaram-nos um legado de cultura enorme e eu não queria que o grupo morresse, queria incentivar os jovens a não deixar morrer as raízes do nosso passado e da cultura”. 
Álvaro Rocha

“Temos feito vários apelos pela freguesia, temos deixado vários cartazes para anunciar que vamos começar os ensaios. Mas não está fácil (…) Este ano não vamos conseguir ir aos eventos porque não temos pessoas para dançar”. 
Inês Ramos