10 Sep 2024
Já no próximo domingo, no edifício do antigo Hospital, em Cucujães
No próximo domingo, dia 15 de setembro, irá ser feita a apresentação do Centro Paroquial de Penha Longa, em Cucujães. Num edifício requalificado, que foi um antigo hospital e que surgiu da generosidade da Condessa da Penha Longa, surge agora o centro paroquial da Vila de Cucujães. Toda a comunidade se reuniu em torno deste projeto, desde um grupo que vendia flores para angariar dinheiro, às costureiras do Grupo ‘Arco-Irís’ que também colocaram o seu talento a reverter para esta causa.
A Condessa de Penha Longa. “Este é um projeto antigo, porque Cucujães é uma paróquia grande mas com uma população dispersa e não tinha um centro paroquial. Havia uma casa da Fundação Condessa de Penha Longa que durante muito tempo foi cedida à paróquia, mas durante vários anos havia sempre a ideia de haver um estudo de onde fazer um centro paroquial. Hoje [entrevista realizada a 6 de setembro] faz 184 anos que nasceu a senhora Condessa de Penha Longa. Ela nasce e casa em Cucujães, na Capela do Mártir, em 1855, com quinze anos.”
O centro paroquial já foi um hospital. “Ela e o marido mandam construir um palacete em Cucujães, uma casa de férias. A parte de cima ficou para habitação e a parte de baixo começa a funcionar como ensino. Mas estava incomodada porque faltava a parte do tratamento da saúde. Ela adquire o terreno na rua Abade João Domingues Arede e faz um edifício que disponibiliza à comunidade para tratar da saúde.”
De hospital a centro paroquial. “Em 1910 o Mosteiro de Cucujães é encerrado pelas manifestações republicanas, os monges são expulsos e quem lá está? A Condessa da Penha Longa. Em 1953 morre o último monge, precisamente quando o padre João Ferreira da Costa sai de Cucujães como pároco e chega o padre Mário Ferreira que vai habitar nessa casa. Como viria a ser pároco durante 37 anos, ele vai transformando aquela casa num centro paroquial”.
“O padre Artur é um empreendedor”. “A casa continuava a pertencer à Federação, mas começou a ficar em ruínas. Em 1999 o padre Artur, o atual pároco, começou a dizer “meus amigos temos que começar a abandonar isso”. Resolve-se fazer umas obras para as crianças, ao lado da igreja. O padre Artur é um homem empreendedor e nunca mais Cucujães parou durante estes 25 anos.”
Do sonho à realidade. “Era preciso espaço para a catequese e Cucujães era uma paróquia com quatro centros, o Centro de Santa Luzia, o Centro de Nossa Senhora da Conceição, o Mártir S. Sebastião e Santo António. Ele [o padre Artur] quis criar unidade paroquial, que cada centro não se reunisse na sua capela, mas sim existir um centro mais central. (...)E tinha um projeto pensado para a rua do Clube Desportivo de Cucujães para aí nascer um centro paroquial. (...) A partir de 2008 começamos voltar-nos para este edifício [o antigo hospital].” José Carlos Santos, membro
A festa do dia 15 de setembro. “Está a ser preparado para haver da parte da manhã uma procissão (10h), depois uma eucaristia campal no parque de estacionamento do novo centro paroquial. No final haverá uma benção especial a todas as associações, coletividades, idosos, capacetes e a todas as pessoas presentes. Da parte da tarde teremos visitas guiadas à casa, onde tentaremos transmitir às pessoas o que é que realmente se viveu na casa. A partir das 14h15 haverá atuações no palco, com a Escola de Dança Diana Rocha, os From the Village, Fado Vadio (Raptuário) e um DJ surpresa”. Bruna Lopes, membro