Chapa ganha, chapa gasta

Bilhete Postal

Eduardo Costa *

“Os meus trabalhadores não querem fazer horas extraordinárias, fazem as contas e percebem que se ganharem mais caem noutro escalão do IRS e levam menos para casa!” A revelação do empresário é bem verdadeira. A carga fiscal sobre o trabalho é um cancro para trabalhadores e empresas. Cerca de metade do custo de um trabalhador vai para o estado. A título de exemplo, num salário que custa à empresa 3.341 euros o trabalhador leva para casa 1.707! Fica (muito) difícil!

O ano passado, Portugal registou a maior carga fiscal da nossa história! Por exemplo, os impostos sobre a gasolina estão mais elevados do que no tempo da “Troika”. Pagamos mais pelo combustível do que os franceses, quando o salário destes é duas vezes e meia superior! É caso para dizer, foi-se a “Troika” mas ficaram os impostos que esta obrigou o estado a cobrar para recuperar da bancarrota. Quem (não) se lembra do ministro das Finanças, Vitor Gaspar, que após o verão de 2012 anunciou um “enorme aumento de impostos”. Na altura garantiu que “não será para sempre”. Seriam reduzidos logo que o país equilibrasse as contas. As contas ficaram equilibradas, mas esse enorme aumento de impostos ficou!
O caricato (nada engraçado) é que, apesar do estado estar a registar a maior cobrança de impostos de sempre, mesmo assim as contas do estado são deficitárias! Chapa ganha, chapa gasta! Não sobra nada! 
E são os mais pobres e os remediados, aqueles que ganham menos os que mais sofrem.
 * jornalista, presidente da  Associação 
Nacional da Imprensa Regional 

 

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