Cineasta oliveirense prepara o lançamento de um filme e dois livros

Foi na ‘Rua de Cima,’ em pleno coração de Oliveira de Azeméis, que Matos Barbosa passou grande parte da sua infância e adolescência. Oliveirense de gema, aproveitou a conversa promovida pelo Rotary Club de Oliveira de Azeméis para relembrar Oliveira de Azeméis nos meados do século XX, tempos em que toda a família oliveirense se reunia no jardim. “Havia música e os cafés estavam todos abertos. O ambiente era muito bom”.  Foi numa destas noites no jardim que viria a encontrar a mulher com quem casou. Relembrou os “jogos de futebol junto ao antigo quartel dos bombeiros” e uma sociedade oliveirense “com bom ambiente, ainda que houvesse uma diferença muito grande entre a dita classe social e a gente mais pobre”. Gente esta “trabalhadora, que atravessava a ‘Rua Bento Carqueja’, a ‘Rua de Cima’ e a ‘Rua Nova’, em carrinhos de bois para levar lenha às padarias”.
A meio da conversa falou dos “3000 escudos” que gastou na sua primeira câmara de filmar, lembrando o primeiro prémio que recebeu pela participação num filme que tinha o ‘Parque de La Salette’ com plano de fundo.  
Para os fãs, Matos Barbosa deixou a ‘água na boca’. Revelou que tem um “segundo volume que nunca foi editado do ‘O Aze e o Mel’”, deixando no ar que o lançamento  deste segundo volume poderá ser uma realidade.  Mas as novidades não ficaram por aqui. Matos Barbosa, para agrado de todos o que o ouviam, anunciou o lançamento de “um livro de memórias”. O cineasta oliveirense revelou, ainda, que “quero fazer um filme bastante grande, está pronto, está desenhado. É um filme a cores que me tem dado um trabalhão enorme”.