Coluna Liberal

Opinião Iniciativa Liberal

> Nelson Alves

Daqui a dois dias, o Governo da Aliança Democrática (PSD + CDS-PP) vai apresentar o Orçamento do Estado para 2025. À data a que escrevo este artigo, ainda não se tem a certeza sobre se o referido documento vai ou não ser aprovado. 
A contestação do Partido Socialista (PS) ao longo dos últimos tempos às medidas mais emblemáticas do OE só demonstram que partido é aquele. Um partido que se diz responsável deveria ser mais assertivo nos argumentos que usa. 
A redução do IRC é uma imagem de marca sempre que o PSD governa. Como sempre, tratam-se de reduções pouco mais que simbólicas, mas que têm como objetivo incentivar o aumento do investimento no nosso país. Como é óbvio, a Iniciativa Liberal apoia esta medida, e apenas a contesta por falta de ambição nestes cortes (17% em três anos, em vez dos 15% inicialmente propostos). Apesar de tudo, é uma boa medida. 
Já no caso do “IRS jovem”, a Iniciativa Liberal contesta o facto de se destinar a “jovens” até aos 35 anos, e o facto de não haver uma fase de transição ou alguma clarificação sobre o que acontece às pessoas que em 2025 cumprem os 36 anos de idade. Em resumo, trata-se de uma medida que visa incentivar os jovens entre os 18 e os 35 anos de idade a manterem-se no nosso país e, como é evidente, beneficia claramente os (poucos) jovens que auferem rendimentos acima da média, pois também é evidente que são estes os que, se ficarem em Portugal, irão viver, investir e consumir no nosso país. Jovens que, por terem melhor formação académica, têm sempre boas opções de emprego no estrangeiro. 
Sim, é verdade: em Portugal, a maior parte dos jovens ganha o Salário Mínimo Nacional. Mas o PS, ao lembrar esse facto, não se deveria orgulhar, pois como partido que mais tempo este no governo nos últimos 30 anos é o maior responsável. Aliás, é até uma vergonha, enquanto povo e enquanto país pertencente à União Europeia. 
Ora, os argumentos usados por Pedro Nuno Santos para contestar esta medida do “IRS Jovem” são, no mínimo, confrangedoras: os salários praticados em Portugal são fruto de políticas socialistas que tendem a nivelar todos os salários por baixo, e onde não pagar IRS até é visto como uma coisa boa, quando na verdade isso significa apenas que se ganha muito pouco, e arrisco-me a dizer não o suficiente para se viver bem!
Como é preciso aprovar o OE, é provável que Luís Montenegro ceda em algo no “IRS Jovem”, o que fará com que, para todos os efeitos, as medidas propostas pelo PS(D) pareçam as medidas que o PS proporia se fosse Governo. 
Daqui a dois dias saberemos se, mais uma vez, a Iniciativa Liberal tem razão nas críticas que tem feito. 
Em Portugal, quem ganhar 1500€ mensais (apenas 16,5% do número total de contribuintes!) já é considerado “rico” pela esquerda caviar, que não entende, nem quer entender, que estamos na União Europeia e que só fica em Portugal, a depender das esmolas do Estado, quem não tiver oportunidades lá fora.
O que é preciso é criar condições para que ganhar pelo menos 1500€ seja a regra, como na maioria dos países europeus, e não a exceção!

Nelson Alves, Representante Iniciativa Liberal

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