9 Sep 2024
Mau cheiro provocado pela sem-abrigo é também uma das queixas
O Correio de Azeméis foi ouvir os comerciantes que estão naquela zona onde Carla Alexandra se encontra. O mau cheiro é o principal fator a apontar, no entanto, para o negócio em geral “não afeta nada”.
Aníbal Almeida, proprietário da Adega Mota, confessou que por vezes é “bastante desconfortável. Ela vem aqui e sou obrigado a mandá-la sair, porque não se pode com o cheiro”, lamentou Aníbal, que frisa que o seu café serve refeições e “tem de haver o mínimo de higiene.”
Outro dos negócios que está ali perto é a ‘FraçãoPlus’, uma empresa de administração de condomínios. Chegamos à fala com a gerente, Patrícia Lima, que admitiu que para o seu negócio “em nada afeta”, no entanto o mau cheiro é por vezes algo que se nota. Considera que algo precisa de ser feito “pois é um ser humano”, e revelou que muitas pessoas que por ali passam acabam por ajudar Carla Alexandra, dando muitas vezes comida, mantas e por vezes tabaco.
Um pouco mais abaixo, falamos com Avelino Amaral, proprietário da loja Ternurinha. Foi mais um dos lojistas que admitiu que em nada a situação afeta o dia a dia da clientela. “Quem tem de vir, vem na mesma”, disse. No entanto, “é um espetáculo degradante num sítio onde passa muitas pessoas, em frente à igreja. E é um atentado à saúde pública, porque é um cheiro nauseabundo”, referiu, apontando ainda que alguém terá de fazer alguma coisa para resolver a situação.
Por fim, Preciosa Neves, proprietária da Sapataria Moreira, semelhante aos relatos anteriores, disse ao Correio de Azeméis que o cheiro intenso é uma das principais queixas, mas para a sapataria “não prejudica, é apenas o aspeto da senhora, é um ser humano que ali está e pre cisa de ser ajudado de alguma forma”, referiu.
Dos comerciantes que o Correio de Azeméis ouviu todos foram unânimes que: para a Noite Branca algo terá de ser feito, caso contrário “trará mau aspeto para a cidade” e para o grande evento que se realiza no próximo fim de semana.