Construir o futuro
CDS
Opinião
António Pinto Moreira *
Foi eleito Marcelo Rebelo de Sousa para mais uma presidência de cinco anos. Venceu com uma candidatura assente nas suas qualidades humanísticas e intelectuais e assim venceu os receios de uma abstenção que se adivinhava elevadíssima. Pela primeira vez, alguém venceu em todos os concelhos, o que nunca tinha acontecido antes, e teve a segunda maior votação num Presidente numa reeleição.
A campanha eleitoral foi a possível, mas atípica, com uma pandemia no terreno e o governo cada vez mais fraco. Desde logo, o Partido Socialista revelou um deserto na sua ala política para a promoção de um candidato próprio e seguiu outra via, onde foi manifesta uma divisão entre a ala mais ideológica, que votou Ana Gomes, enquanto a ala mais de centrão votou Marcelo.
Já sabemos que o core-competence do Partido Comunista é o sindicalismo. Para as presidenciais está presente, mas tem sempre um fraco resultado e isso vale o que vale.
A candidata do Bloco de Esquerda teve um resultado estrondoso ‘ao contrário’. Os apoiantes do Bloco votaram mais em Ana Gomes para capitalizar o voto útil.
Na noite das eleições, no rescaldo das análises, ficámos a ouvir que o PS, que não teve candidato, diz que ganhou, o PSD, que apoiou Marcelo, também diz que ganhou, e o CDS, que declarou público apoio a Marcelo, afinal dizem que perdeu, veja-se bem!
A atual direção do CDS, com o beneplácito de antigos líderes como Adriano Moreira, Ribeiro e Casto, António Lobo Xavier, entre mais de uma dezena de figuras de elevados pergaminhos expressaram apoio público a Marcelo. Mas para certa comunicação social e a panóplia de comentadores, que ainda por cima são pagos para dizerem o que querem na televisão, o CDS perdeu! Não há paciência.
* Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP
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