Construir o futuro
Opinião
A pandemia Covid está descontrolada, já não há dúvidas de que as infeções estão a aumentar exponencialmente.
A única saída para inverter este estado são as vacinas. É necessário quer Portugal receba o maior número de vacinas. Quanto à sua eficácia, temos de acreditar, à ciência o que é da ciência.
Este confinamento é parcial e é muito diferente de março último.
Desde logo, as escolas abertas. O risco existe e por isso existe tanta controvérsia. Alunos, professores, funcionário e famílias são cerca de um quarto da população. Seria fundamental ter um sistema de vigilância e controlo, com programas massivos de testes dentro das escolas para perceber como está a evoluir semana a semana.
No nosso concelho, a indústria vai continuar como até aqui, para já. As indústrias ligadas à alimentação, lacticínios, arroz e outros cereais, têm de continuar. Os componentes para o setor automóvel, moldes, plásticos e peças metálicas, vão continuar, não há indicação de qualquer fabricante europeu de carros que vá parar a produção. Na área da metalomecânica para construção civil, inox e máquinas diversas, poderão registar-se dificuldades de logística com deslocação de equipas externas de montagem em termos de onde dormirem e fazerem a refeições. O calçado vai manter-se a laborar, mas o fecho de lojas vai levar a redução ou cancelamento de encomendas, lá para maio e junho ter-se- á um quadro mais claro deste setor.
Quem vai sofrer são os mesmos, o comércio tradicional, que tenderá para a penúria. Qual diferença entre uma fila à porta do restaurante para trazer comida ou ir a um cabeleireiro com marcação prévia, cliente por cliente?
Este confinamento é controverso e, se nada mais se fizer, o resultado será chegar ao fim sem dinheiro e com o cabelo comprido.
António Pinto Moreira, Presidente da Comissão Política da Juventude Popular de Oliveira de Azeméis
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