Construir o futuro

Depois do sufrágio autárquico de 2017, o novo executivo municipal empossado partiu ao trabalho e detinha um punhado de vantagens suficientes para fazer um bom mandato. Primeiro, a arrecadação de impostos. Mesmo na crise financeira de 2011 a 2014, Oliveira de Azeméis e Vagos, no distrito de Aveiro, foram os únicos que não sentiram recessão, ao contrário de todos os outros aumentaram a sua atividade económica durante este período. Assim, as principais fontes de receita da autarquia têm crescido todos os anos de forma sustentada em termos da soma de todos os impostos diretos que pagam os oliveirenses: IMI dos proprietários, IRS das classes trabalhadoras, Derrama das empresas. Segundo, o fim do plano de amortização de empréstimos de médio e longo prazos iria terminar a pouco mais de metade do mandato, ficando a verba de amortização e juros da dívida disponível para novos investimentos. Terceiro, um novo pacote generoso de fundos europeus iria ficar disponível, fruto de candidatura PEDU a fundos europeus no mandato anterior. No final de novembro foi à Assembleia Municipal a discussão e votação do Orçamento e Plano para 2021. Este plano é a evidência estampada da falha de aproveitamento daquelas condições de partida. O saldo de gerência (acumulado em caixa e não investido) no final deste ano ficará em 18 milhões de euros, espelho de 3 anos parados. Depois, somam-se os cerca de 5 milhões que correspondem ao que eram os encargos em anos anteriores com o serviço da dívida. Somam-se 3 milhões, que é quanto se prevê que vai ser pedido de empréstimo à banca. Dá os anunciados 26 milhões de euros de investimento, que vão querer concretizar até às eleições. Contando sábados, domingos e feriados, dá cerca de 100 mil euros por dia. É isto. António Pinto Moreira ,Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP