Construir o futuro

Este país não é para licenciados. Em Portugal, existem neste momento milhares de jovens recém-licenciados sem emprego ou, melhor dizendo, desempregados. Esta situação é por demais alarmante porque não se vê num futuro a curto ou médio prazo qualquer alteração nesta situação. Culpa? Em primeiro lugar, dos nossos governantes, pois quando estes jovens acabam o curso e vão estagiar para as empresas, estas, ao abrigo das leis, oferecem remuneração a zero ou, em contra partida, o salário mínimo, o que, com todo o respeito, para os 1,2 milhões de portugueses que recebem o salário mínimo, não é desprezo nem vergonha, tomara que pagassem pelo menos este mesmo ordenado. Outra saída para estes jovens acaba por ser a caixa do hipermercado e, dessa forma, pelo menos já dá para eles pelo menos não pedirem dinheiro aos pais, sim, estes que tanto sacrifício fizeram e olham para a frustração dos filhos sem nada poderem fazer. Mas o mais grave disto tudo será a próxima década pois a estes jovens sem emprego, ou porventura com empregos com vínculos precários, vai acontecer que não vão ter condições para constituir uma família, logo, a natalidade no nosso país, que já é tão baixa, vai ser ainda muito pior com todas as consequências económico, sociais e financeiras que deverão resultar. No meio deste caos todo que vivemos, preocupante é o nosso (des) governo ignorar este problema e continuar a dar a quem nada faz ou produz e ignorar estes jovens que serão o futuro do nosso querido país. Pedro Maia, Comissão Política Concelhia do CDS-PP