Construir o futuro

Uma das obras mais simples e que rendem votos de maneira fácil são os alcatroamentos em tudo o que é estrada e caminho.
Ora, a anterior Câmara de Oliveira de Azeméis andou mais de metade do tempo do seu mandato sem fazer manutenção das estradas e no último ano passou ao ataque com uma frente de obra de alcatrão sem paralelo nos anos anteriores. Como já disse, não está aí o principal problema, o problema é que se constata agora que a pressa deu em mal. Visível em Santa Luzia e em Vila Nova, em Cucujães já há ruas com trânsito condicionado para arrancar troços de tapete da eleição. Vamos com calma, ainda não passou sequer um só inverno a sério! Como será a seguir?
Como regra geral, um tapete deverá durar uns sete anos em estradas de tráfego significativo (que nem é o caso). Uma simples inspeção visual, apercebe-se claramente da falta de qualidade do tapete que foi utilizado numa extensão muito mais vasta. Há muitos outros locais com o areado já à vista tipo miolo de broa a desfazer. 
Ficamos todos a perder, o executivo da Câmara porque tem um problema em mão pelo qual não tem culpa direta, os empreiteiros também têm um problema, os cidadãos tinham a expetativa de ruas com categoria para uns bons pares de anos, o dinheiro foi gasto, que é de todos nós. Ficamos todos a perder.
A pressa sempre é inimiga da boa sorte, uma coisa é alcatroar, outra coisa é “pintar ruas de preto”. Não é uma expressão simpática, mas é a que me ocorre. 

 * Presidente da comissão política Concelhia do CDS-PP