António Pinto Moreira *
A leste nada de novo. O que resta da federação russa nunca iria tolerar a militarização das suas fronteiras por tropas da NATO. Para Putin é o agora ou nunca.
A guerra na Ucrânia é uma coisa execrável, que vem do imperialismo russo. Putin é um líder implacável, insensível, irrascível, frio, vingativo. Nunca irá cumprir algo que prometa, digo, que finja que promete.
Temo que Putin vai arrasar cidade por cidade até à capitulação da Ucrânia. Já assim foi na Chechénia, mas como era longe de nós, nem pensámos bem. Depois temos o governo lacaio da Bielorrússia, que já referendaram a favor do nuclear. Falta a Ucrânia. O presidente ucraniano acreditou que conseguiria a adesão à União Europeia e a integração na NATO antes de Moscovo reagir. Errado.
A leste nada de novo. E a Ocidente, o que há de novo? Os países da Aliança acharam bem invadir o Iraque. Porquê? Porque era um país que consideravam que era governado por um déspota, ditador, carnicento e decidiram invadir sem precisar de pedir autorização à Rússia, ocupar a capital, prender e enforcar Sadam á vista de todos. Foi legítimo? No ocidente nada de novo, consideraram que sim. Putin também acha que Zelensky é contrário ao que são as pretensões da Rússia. É legítimo? Putin acha que sim. Precisa de pedir autorização à NATO? Não precisa. Há problemas que nem o tempo resolve.
Já em 2014 a Rússia tinha entrado na Ucrânia a pretexto de uma provocação. Para espanto de toda a Administração Obama, a Rússia invadiu e ocupou a Crimeia e apoiou uma revolta dos separatistas da região Dombas. Todo o ocidente acordou e manifestaram-se determinados a não voltarem a serem apanhados desprevenidos. Como deixaram ser possível agora acontecer esta guerra nas fronteiras da europa? Portanto, também, a ocidente nada de novo.
* Presidente da comissão política Concelhia do CDS-PP