23 May 2022
António Pinto Moreira *
Oliveira de Azeméis é cidade desde 16 de maio de 1984. Passados quase 40 anos continua a ser a cidade de um mais vasto território concelhio muito forte pelo dinamismo das suas gentes e das suas instituições. As ruas do centro já foram a Estrada Nacional 1. Lembrar, por exemplo, que anualmente havia uma corrida de ciclismo Porto-Lisboa, com a caravana a entrar em S. António, descer a Bento Carqueja, passando frente à Igreja e à Câmara, saindo a sul em direção a Silvares!
Empreendedores de coração cheio, ergueram os 3 edifícios mais modernos, o Caracas, o Rainha e o Hotel Dighton com o seu peculiar restaurante giratório.
Depois veio a construção do IC2 entre Santiago e Travanca e o centro passou a trânsito local. Mais tarde o fecho da Bento Carqueja ao transito e ainda hoje não é consensual aquela opção. Não houve investimentos na vinda de grandes marcas de luxo e os consumidores também se desinteressaram de caminhar no centro. Outros comércios apareceram um pouco por todo o lado.
A Rodoviária era a central de autocarros a todas freguesias do concelho, desde manhã cedo até ao fim da tarde. Entretanto o automóvel passou a ser o meio de transporte individual quase exclusivo e passou-se a reclamar mais estacionamento.
O Colégio, depois Liceu Ferreira de Castro, era onde hoje estão instalados serviços municipais. De largas centenas de alunos e dezenas de professores e auxiliares, passou a um punhado de funcionários que aí trabalham, nada mais.
Aos domingos, a UDO era o clube de todos os oliveirenses, o Jardim Público no princípio e no fim dos jogos pululava de gente. Os tabernáculos e petisqueiras à volta, que os havia em abundância, serviam igualmente para esquecer uma derrota da equipa como para festejar qualquer vitória.
Hoje a cidade merece uma boa reflexão e o desafio de uma onda de modernidade.
* Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP