20 Jun 2022
António Pinto Moreira *
Até já regressaram as festas e romarias, procissões e comemorações. As confrarias, as concentrações de motorizadas e bicicletas, as excursões, etc. Regressaram os grandes palcos e os grandes festivais urbanos.
Em mês de junho são as festas populares por todo o lado. Gente que nunca mais acaba. O povo estava ávido de festa. O ser humano é um ser sociável e precisa destas manifestações.
Todos os concelhos à nossa volta voltaram aos seus cartazes culturais e festivos, tudo como dantes.
E com isto Portugal está nos lugares cimeiros de contágios por Covid e o que ficou de aprendizagem? Praticamente nada. De uma praxis de uso de máscara obrigatório passou a um alívio quase instantâneo. No princípio foram olhados com reservas as decisões de dirigentes como por exemplo os da Suécia e do Brasil, que eram de opinião contrária aos confinamentos sociais compulsivos. Foram considerados irresponsáveis e desclassificados por opinião mediática e pública. Hoje é Portugal que está na frente e tudo parece estar muito bem.
Enquanto reina a festa e está muito bem, não fosse a subida das taxas de juro, o caos a que assistimos nos hospitais com a ministra da saúde a ter de correr atrás do prejuízo para segurar os clínicos, as greves de transporte como os comboios, serviços tão simples como tirar um cartão de cidadão são um pesadelo por objetivo esvaziamento de funcionários públicos.
Não esquecemos ainda que no tempo do ministro Centeno foram adiados reembolsos de dívida em mais de nove mil milhões euros que estavam previstos pagar em 2019 e passaram para ser a partir de 2022. Agora temos o aumento dos juros das dívidas soberanas e vamos pagar com juros muito mais altos. Mas tenhamos calma, vem aí dinheiro da UE, muito dinheiro da UE, que seria para relançar a economia, mas na prática o que se trata é de salvar o governo.
* Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP