Contraditório
Opinião
A pandemia provocada pelo Covid-19 trouxe a incerteza e a mudança de hábitos em toda a nossa vida: no trabalho, em casa, em ambiente familiar, hoje estamos limitados nos afectos e nos encontros que tão bem caracterizam a nossa forma de estar.
O associativismo, as colectividades, sofrem com isso porque a pandemia alterou a forma como vivemos a comunidade: a rua, a arte, a cultura, o desporto.
Foram ‘a mão direita’ do Estado durante muito tempo e, no meu entender, não têm tido a atenção que merece e precisa.
As nossa colectividades são uma referência da identidade Oliveirense e, neste momento, passam por uma fase profundamente difícil, quase que esquecidas, como se não existissem.
Pessoas que saíam de casa e abraçavam uma causa em nome da sociedade e que parte das receitas para essa causa vinham do Mercado à Moda Antiga, a Noite Branca, as Tasquinhas, Festivais de Folclore, Concertos de Bandas etc.. Hoje nada disso existe, excepto as causas.
Isto leva-me a crer que se não olharmos para este problema de uma forma séria e responsável as consequências podem ser devastadoras.
A acrescentar à falta de receitas, é notória a dificuldade em arranjar novos elementos para os respectivos órgãos sociais das associações. É célebre a expressão: “eu fico, se tu ficares”, perpetuando-se no tempo verdadeiros heróis à frente das nossas colectividades. E agora?!
Recentemente, os vereadores do PSD apresentaram uma proposta em reunião de CM para a criação de uma linha de apoio financeiro de 100.000 euros para as colectividades Oliveirenses.
A proposta CHUMBADA pelo executivo municipal.
Continuar a assobiar para o lado e fazer de conta que as nossas colectividades não existem é condenar ao encerramento de muitas e com elas um dos maiores patrimónios que temos no concelho de Oliveira de Azeméis.
Nuno Pires, presidente da Comissão
política do PSD
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