14 Nov 2023
José Campos
Na reunião de câmara da semana passada, foi votado e aprovado o orçamento municipal para 2024. Tendo sido também a semana da reabertura do Cineteatro Caracas, agora denominado de TEMA, é natural que a atenção mediática normalmente devida a este momento político, a aprovação do orçamento, não tenha sido grande.
No entanto, importa referir que este é um documento da maior importância na definição das medidas estratégicas a adotar para o Concelho. É através do orçamento e das grandes opções do plano, que ficamos desde logo a perceber onde o executivo pretende investir e aplicar o dinheiro, oriundo das receitas que tem, para o ano que se avizinha. É através deste documento que ficamos a conhecer as linhas estratégicas e as prioridades decididas para o nosso município.
É, pois, fácil de perceber que um documento desta magnitude e importância não deveria ser facultado para análise aos Vereadores da oposição na segunda-feira, já depois das 21h, para ser discutido e votado na quinta-feira seguinte de manhã. Não é desejável que assim seja e, no limite, quem fica a perder são os Oliveirenses. Têm sido vários os apelos que nós, Vereadores da oposição, temos feito para que de futuro esta situação se inverta. Esperemos que da próxima seja diferente.
Do orçamento fica bem vincado que as prioridades do executivo são as mesmas dos anos anteriores. É legitimo. O investimento previsto em grandes obras, como o Parque Urbano, a Casa Sequeira Monterroso, a Praça Maior e a Garagem Justino, continuam a merecer uma grande dotação orçamental por parte deste executivo. Mas na realidade é que continuam a estar longe, bem longe temporalmente, de estarem disponíveis para os Oliveirenses.
Outras estratégias definidas merecem seguramente a nossa concordância, como a requalificação e infraestruturação das nossas zonas industriais, o Mercado Municipal, a requalificação da nossa rede viária e das nossas escolas. Mas o problema nunca foi tanto, em anos anteriores desta governação camarária socialista, a definição de estratégias, mas sim a sua execução. Ano após ano, o que fica previsto em termos de investimento, nunca chega a ser, maioritariamente, concretizado, provocando ano após ano, atrasos em alguns domínios da nossa vida coletiva.
Não consideramos estratégica a Praça Maior, o Parque Urbano ou a Garagem Justino. Estratégico para nós seria a valorização do nosso parque de La Salette, uma política de apoio às famílias, a regeneração urbana da nossa cidade. Para o PSD, a requalificação da nossa rede viária, das águas e saneamento, a requalificação de todas as nossas escolas, a infraestruturação das nossas atuais e futuras zonas industriais e a homogeneidade do concelho, são as prioridades, em concordância com o nosso programa de ação, Pelas Pessoas.
* Vereador da câmara municipal