Carla Rodrigues *
Começou um Novo Ano!
O início de um novo ano traz consigo uma renovada esperança numa vida melhor.
Nesta altura do ano, um pouco por toda a parte, há concertos de Ano Novo. A tradição do Concerto de Ano Novo surgiu em Viena num período negro da história austríaca, servindo para recordar à população que tinham existido tempos melhores e que havia que contemplar o futuro com um olhar de esperança.
Precisamos todos dessa esperança, mas em Oliveira de Azeméis não houve concerto de Ano Novo, nem de Natal, nem de Reis. Algumas freguesias tiveram concertos promovidos pela JF ou associações, mas o Município, ao contrário do que tem acontecido e apesar de termos um novo Teatro, não proporcionou aos oliveirenses o merecido concerto de Ano Novo.
O nosso Teatro está fechado.
Teve uma escassa programação até ao dia 17 de dezembro e encerrou. Abriu no dia do aniversário do Concelho e vai reabrir no dia 14 para um Concerto solidário da Banda de Fajões.
Neste período de Natal, nenhuma instituição, ou empresa, ou escola, usou o Teatro para as suas festas ou espetáculos de Natal. Ninguém usufruiu desta sala extraordinária que nos custou cerca de 6 milhões de euros. Porquê?
A resposta reside na incapacidade e inércia desta Câmara. A sala está fechada porque não há ainda regulamento de utilização, não há equipas técnicas para operar os equipamentos (têm sido contratadas pontualmente para cada um dos espetáculos), não há equipa de sala, não há programador, não há programação, não há licença definitiva do IGAC, enfim… O Teatro esteve fechado cerca de 5 anos para obras e agora permanece fechado porque não houve planeamento, nem preparação e não há capacidade de gestão de um equipamento destes.
Não é assim que Oliveira de Azeméis será uma referência cultural na região. E é com muita tristeza que o digo, porque quem perde somos todos nós.
Mesmo sem concerto de Ano Novo, olhemos para o futuro com um olhar de esperança.
Bom Ano!
* Vice-Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD e vereadora da câmara municipal