19 Jun 2025
> Pedro Marques
ESTAMOS A FICAR PARA TRÁS!
A política de habitação é hoje uma das áreas mais determinantes para o futuro dos concelhos. Fixar população, garantir condições de vida dignas aos jovens e apoiar as famílias mais vulneráveis são responsabilidades centrais de qualquer executivo municipal. Infelizmente, em Oliveira de Azeméis, reina a inércia. A Câmara tem falhado nesta missão por falta de iniciativa, visão e capacidade de resposta.
O nosso concelho partiu tarde — demasiado tarde — para estruturar uma Estratégia Local de Habitação. E quando finalmente o fez, elaborou um documento apressado, tecnicamente frágil e que deixou de fora muitas situações reais e urgentes que mereciam resposta. O resultado foi inevitável: rever a estratégia apenas dois anos depois, corrigindo erros que podiam e deviam ter sido evitados à partida.
Esta revisão, feita em 2024, não é sinal de ambição — é reflexo de uma estratégia mal pensada e de uma governação passiva, que se limita a reagir quando já é tarde, em vez de antecipar problemas e agir com firmeza. Revela um executivo fechado sobre si mesmo, desligado da realidade e dos desafios concretos das famílias oliveirenses.
Enquanto Oliveira de Azeméis perdia tempo e afundava-se na sua própria paralisia, os municípios vizinhos avançavam com políticas sólidas, bem planeadas e com resultados visíveis. Mas não só: muitos desses concelhos adotaram também medidas imediatas, como a aquisição de habitações já construídas e devolutas, prontas a serem colocadas rapidamente no mercado a preços controlados.
Essas decisões inteligentes permitem que, hoje, várias autarquias da nossa região já estejam a entregar casas a famílias e jovens — enquanto por cá continuamos a falar de projetos que ainda nem saíram do papel e cuja concretização continua longínqua.
Neste momento, Oliveira de Azeméis é um dos concelhos da região com menor volume de candidaturas aprovadas, perdendo oportunidades face a municípios vizinhos como São João da Madeira ou Ovar, que apresentaram propostas ambiciosas e já têm projetos no terreno, no valor de milhões de euros!
Não se trata apenas de comparar realidades. Trata-se de comparar atitudes, prioridades e formas de governar. Uns anteciparam, planearam e executaram. Outros — como o atual executivo socialista de Oliveira de Azeméis — ficaram presos à hesitação, à lentidão dos processos e à sua própria inércia.
Como Candidato à Presidência da Câmara Municipal, assumo a Habitação como uma das minhas prioridades. Porque não basta aprovar planos — é preciso agir com visão, com coragem e com sentido de responsabilidade. A próxima década exige liderança séria, competente e próxima das pessoas. E Oliveira de Azeméis não pode continuar a perder tempo nem a viver de intenções.
Pedro Marques, Presidente PSD de oaz