26 Jun 2025
> Pedro Marques
Oliveira de Azeméis está em risco e o Executivo está ausente.
Em plena época de risco máximo de incêndios, Oliveira de Azeméis apresenta um cenário preocupante de desleixo e ausência de liderança. O que deveria ser uma prioridade absoluta — a prevenção e proteção do nosso território e das nossas populações — tem sido ignorado por um Executivo que demonstra uma inquietante incapacidade para executar o seu próprio Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.
O nosso concelho é extenso, com uma forte componente florestal e rural, sobretudo em muitas das suas freguesias. Esta realidade exige planeamento, ação, vigilância e capacidade de coordenação. Existe um plano — sim. Mas um plano que não é executado vale muito pouco. A verdade é que, hoje, Oliveira de Azeméis está vulnerável.
Basta percorrer algumas das nossas estradas, caminhos e zonas públicas para perceber a gravidade da situação: vegetação descontrolada, resíduos acumulados, falta de limpeza regular nas bermas e nos espaços críticos. Tudo isto representa combustível pronto a arder. Tudo isto é risco, é ameaça. E tudo isto é evitável — se houver vontade política, se houver competência.
Esta falha do Executivo não é apenas um problema técnico. É um problema político. Porque revela prioridades trocadas. Porque mostra falta de sensibilidade para a gravidade dos riscos que enfrentamos todos os verões. E porque põe em causa a segurança dos oliveirenses, o nosso património natural e até a economia local.
Por isso, como candidato à presidência da Câmara Municipal, não posso deixar de exigir mais. Não posso aceitar que continuemos a depender da sorte, quando temos ferramentas legais e operacionais que deveriam estar a ser usadas com eficácia. É preciso:
* Cumprir rigorosamente o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil;
* Reforçar meios humanos e técnicos dedicados à limpeza e vigilância do território;
* Coordenar de forma competente todos os serviços municipais e intermunicipais envolvidos na prevenção e resposta a incêndios;
* Tratar a segurança das populações como aquilo que é: uma prioridade absoluta.
A ausência de ação traduz-se em risco. A negligência paga-se caro. E Oliveira de Azeméis não pode continuar nesta trajetória. É tempo de agir. É tempo de cuidar do nosso território com a seriedade que ele exige. E é tempo de termos um Executivo que responda com competência, em vez de se esconder na burocracia e na propaganda.
Porque a segurança dos oliveirenses está em primeiro lugar. E porque há coisas que não podem esperar verão atrás de verão.
Pedro Marques, Presidente PSD de oaz