Corrida à câmara: “Em política nunca se pode dizer nunca”

Pedro Marques, candidato de lista única, é novo presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Oliveira de Azeméis. A eleição decorreu ao longo do dia de sábado, com os militantes do partido a serem chamados à sede do partido para exercerem o seu direito de voto, ao qual corresponderam 38 eleitores, cerca de 40% do universo total de militantes, com 30 votos a favor, seis brancos e dois nulos.

Nesta mesma eleição foi ainda eleito o novo presidente à Mesa de Plenário. João Rebelo Martins, com 32 votos a favor, cinco brancos e um nulo, vai substituir Florbela Silva, atual presidente da Junta de Freguesia de Macieira de Sarnes, neste cargo para os próximos dois anos.

Em declarações à Azeméis TV/FM, Pedro Marques, delineou alguns objetivos para os próximos dois anos e falou sobre a sua possível candidatura à câmara municipal nas próximas eleições autárquicas.

A possível candidatura à câmara municipal
“Sabemos bem o que queremos, a base de apoio que temos e tudo aquilo que levou a esta candidatura. Mas sabemos também que em política nunca se pode dizer nunca. Eu neste momento não vou afirmar, nem posso avançar com qualquer candidatura, seja a minha, seja de candidatura quem for, porque de facto ainda temos algum trabalho a fazer e queremos estar no terreno e perceber isso. Obviamente, como digo, hoje o nosso principal foco é as freguesias e encontrar 12 candidatos, ou, eventualmente, mais dois (com a desagregação da União de Freguesias de Nogueira do Cravo e Pindelo) em que de facto sejam propostas válidas e diferenciadoras para este estado de alma que nos acompanha diariamente em Oliveira de Azeméis e de facto encontrar a melhor alternativa para sermos uma resposta aos problemas dos oliveirenses. Seja eu, seja outro social-democrata, seja até eventualmente um membro da nossa equipa, uma coisa é certa: apresentaremos o melhor candidato com as melhores ideias e com as melhores soluções para o nosso concelho.”

Principal objetivo com as eleições autárquicas no horizonte
“O nosso objetivo para estes dois anos é claro: voltarmos num processo de continuidade na liderança da Comissão Política do Nuno Pires, darmos continuidade, no fundo, à afirmação do PSD em Oliveira de Azeméis. Nós temos noção de que nos últimos anos perdemos intervenção política, perdemos a nossa capacidade de decidir. Passamos a ser oposição, nomeadamente, no município e, portanto, o objetivo é claramente organizar o partido para as próximas eleições autárquicas e também voltarmos a demonstrar a nossa força, diferença, e voltarmos a ter a confiança dos oliveirenses. Para isso vamos trabalhar. Para isso temos uma equipa fantástica.”

O trabalho de proximidade junto das freguesias
“A forma como hoje os municípios, não só o de Oliveira de Azeméis, as políticas nacionais olham para as freguesias é, de facto, manifestamente impossível. Hoje, uma junta de freguesia gera meia dúzia de testões, por assim dizer, e, muitas vezes, são esses presidentes de junta que fazem do seu engenho arte para poderem resolver os problemas dos seus fregueses e isto é algo que me incomoda diariamente. Ou seja, eu tenho a noção clara de que podemos e devemos fazer muito mais lá nas freguesias. Lá onde estão os problemas. E é esse o nosso objetivo. O objetivo, claro, de perceber quais são, de facto, os anseios dos presidentes de junta. Aquilo que eles tantas vezes dizem e nunca são ouvidos. Portanto, é isso que nos preocupa. Porque, se nós conseguirmos resolver estes pequenos problemas que estão à porta de casa das juntas de freguesia, vamos, de facto, resolver muito do que é os problemas do dia a dia dos oliveirenses.”

A aposta na juventude 
“Conto muito com o apoio deles [os jovens da JSD] e por isso os tenho na minha equipa, porque de facto é também esse o caminho que nós temos que percorrer. Ou seja, nós sentimos, e isto não é um segredo, nós sentimos que os jovens se sentem um bocadinho tristes e desiludidos com o nosso concelho, com as nossas políticas públicas para a juventude e nós temos que trabalhar de facto com os jovens, para os jovens e esse é um percurso que eu tenho sempre em cima da agenda.”

Voltar a unir “os verdadeiros sociais-democratas”
“Nós temos noção de que o estar no poder dá poder, o estar na oposição dá trabalho. Nós temos noção de que, independente das pessoas, dos sociais-democratas de Oliveira de Azeméis, não deixarem de estar atentos. Não deixarem de estar preocupados. Não deixaram de ser sociais-democratas. Não deixaram de se preocupar com o seu partido, de estar disponível para o seu partido, [mas] há claramente uma tendência de afastamento. Portanto, foi isso também que esta comissão política pretendeu desde a primeira hora e foi sempre a minha primeira palavra, unir o partido.”