Denunciadas “irregularidades” nas contas da ELA
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O presidente da Escola Livre de Azeméis, Paulo Martins, revelou, em assembleia-geral, que encontrou as duas contas do clube com um saldo de 1,76 euros poucos dias após a tomada de posse, em novembro passado.
Paulo Martins revelou aos sócios da Escola Livre de Azeméis, presentes na assembleia-geral, realizada no passado dia 07 de maio, que foram encontradas “irregularidades” no que se refere a “levantamentos bancários sem justificação” no valor de 38 mil euros das contas do clube. O líder dos escolares afirmou que questionou o ex-presidente, Milton Soares, uma vez que este “era o único detentor do acesso às contas bancárias”, pedindo esclarecimentos quanto aos levantamentos referidos e a “valores não depositados” e dos quais existem “recibos passados pelo clube”. “Justificou os levantamentos e recebimentos em dinheiro para pagamentos de despesas diversas sem documentação e pagamento de gratificações a atletas, treinadores e colaboradores do clube”, contou Paulo Martins, afirmando aceitar a justificação dada pelo anterior presidente. Contudo, Paulo Martins anunciou ainda ter sido apurado um valor de 6.800 euros, que não se encontra nas contas do clube e que “não existe qualquer justificação” para que isso se verificasse.
O presidente da Escola Livre garantiu que a direção por si liderada “não se responsabiliza por quaisquer despesas, de qualquer índole, que não estejam documentadas” e espera que a direção anterior “devolva” ou “justifique” a verba que está em falta nas contas do clube no valor de 6.800 euros. Paulo Martins agradeceu ainda às empresas Jarmoldes, Lda e Azemad, Lda a “gentileza de emprestar 10.000 euros cada uma por forma a fazer face às despesas e permitir o normal funcionamento da atividade”.
Orçamento vai ser retificado
A Escola Livre de Azeméis fechou o ano civil de 2020 com um saldo positivo de 32.800 euros, mas as dívidas ascendiam os 36 mil euros, dos quais oito mil euros eram referentes à Associação de Patinagem de Aveiro e à Federação de Patinagem de Portugal. Paulo Martins esclareceu que, após negociações, as dívidas a estes dois organismos serão pagas em 12 meses. As contas foram aprovadas por unanimidade.
Já o orçamento para o ano de 2021 foi retirado da ordem de trabalhos, uma vez que o documento terá de ser retificado com a introdução das verbas referentes às obras de remodelação do pavilhão, que “terão de se realizar até 31 de dezembro”, e também com os custos referentes à aposta da direção nas equipas de formação já para a próxima época.
Os sócios da Escola Livre aprovaram, por unanimidade, os estatutos do clube. Isto porque, segundo o presidente Paulo Martins, os estatutos que existiam “não estavam registados”, o que impedia o clube de se candidatar a subsídios estatais. Além dos estatutos, também o Regulamento Geral, o Regulamento Interno Desportivo e o Regulamento de Justiça e Disciplina foram aprovados, embora estes com algumas alterações propostas pelo sócio António Soares.
Presidente quer mais sócios na ELA
Paulo Martins afirmou que quando tomou a decisão de “abraçar” o projeto para a Escola Livre foi com o objetivo de fazer crescer o clube e, nesse sentido, o dirigente quer ver aumentar o número de associados por considerar que a coletividade “não pode viver só da boa vontade das empresas”. “Dar a conhecer ao público as intenções do clube faz-nos angariar uma média de cinco sócios por semana”, garantiu Paulo Martins.
Além desta meta, o presidente quer também fazer regressar as camadas jovens ao clube que o formou como jogador. A Escola Livre vai também celebrar um protocolo com um ATL, permitindo que as crianças possam praticar desporto no pavilhão do clube à quarta-feira à tarde.
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