23 Jun 2025
Loureiro> Freguesia é vila há 30 anos
No dia de celebração falou-se sobre o passado, perspetivou-se o futuro e celebrou-se a vida dos mais idosos, e daqueles que marcaram o território.
A freguesia de Loureiro celebrou no dia 21 de junho o 30.º aniversário de elevação a vila. Um caminho difícil, tal como deu conta Albano Rocha, ex-secretário da Junta de Freguesia, mas que tem dado os seus frutos. Este é um dos poucos territórios do país que viu a sua população crescer nos últimos Censos. Ao fim de três décadas com estatuto de vila, há a certeza que as dificuldades continuam idênticas, mas que o desenvolvimento do território é um dado certo.
“Independentemente do que venha a acontecer em termos políticos, Loureiro será seguramente uma freguesia que continuará a desenvolver-se. Primeiro pela resiliência do seu povo. Os loureirenses vão continuar a exigir que as coisas aconteçam. E depois pela sua localização estratégica, pelas vias de comunicação A1 e A29, e também à ferrovia”, afirmou José Queirós, presidente da Junta de Freguesia de Loureiro, na cerimónia do 30.º aniversário de elevação a vila.
“Nunca nada foi fácil. Sem trabalhar muito, tudo seria mais difícil. As dificuldades, hoje, continuam idênticas às do passado, mas diferentes”, afirmou o autarca, que aproveitou o momento para fazer um balanço dos seus últimos mandatos.
“Nestes últimos oito anos ficou muito por fazer. Fizemos o que foi possível e o que fomos capazes. Mas os loureirense podem ter a certeza que temos feito de tudo para tornar esta vila, mais vila, onde seja possível morar, conviver e trabalhar”, avançou José Queirós.
O autarca avançou que a construção do relvado sintético na Quinta do Barão foi a obra mais impactante para a freguesia, e deu conta da criação de uma nova caixa multibanco no Largo da Alumieira, resultante da instalação da empresa Terra Seguros no antigo edifício dos CTT, um equipamento que é propriedade da Junta de Freguesia de Loureiro e que foi requalificado recentemente.
Reconhecimento a Júlio Castro
O vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Rui Luzes Cabral, é um homem com raízes na freguesia de Loureiro. Numa data marcante como é a celebração do 30.º aniversário de elevação a vila, quis sublinhar dois nomes importantes para o desenvolvimento da freguesia.
O primeiro nome a ser evocado foi o de António Envagelista Pinho, “um homem ligado às lides políticas e que falava com grande entusiasmo do seu partido, da sua freguesia e do seu conceho”. “Deixou uma obra e deixou o seu entusiasmo pela freguesia”, recorda o autarca.
Mas foi o nome de Júlio Castro que Rui Luzes Cabral vincou com mais firmeza: “Júlio Castro, que é um merecedor de uma homenagem desta freguesia. Gostaria que estivesse aqui connosco para sentir o calor que a comunidade ter por si, por ter estado mais de 30 anos como membro da Junta de Freguesia, como membro de comissões de festas. Foi e é um homem muito importante, neste contexto, para a freguesia na última metade do séc. XX e todos estes anos”.
Memórias até ao dia 11
O dia de celebração do 30.º aniversário da elevação de Loureiro serviu também para inaugurar a exposição de aguarelas de Abílio Guimarães, intitulada "Memórias do Nosso Tempo"
A sala de reuniões da Junta de Freguesia transformou-se em galeria e esta exposição, que tem percorrido o concelho, estará patente até ao dia 11 de julho.
Homenagem aos mais idosos
A freguesia de Loureiro homenageou a mulher mais idoso e o homem mais idoso deste território no dia em que celebrou o 30.º aniversário de elevação a vila. Rosa da Silva Loureira, de 96 anos, e António de Sousa Dias, de 97, foram os homenageados.
Rosa da Silva Loureira nasceu no lugar de Macieira da freguesia de Loureiro, hoje Rua da Macieira, no dia 30 de outubro de 2028. É viúva de Alfredo Afonso. Toda a vida trabalhou na agricultura e, à semelhança de muitas mulheres da sua geração, teve a seu cargo a casa de família e a criação dos filhos.
António de Sousa Dias da Silva, ou melhor, professor Sousa Dias, como é conhecido por toda a freguesia de Loureiro, tem 96 anos e nasceu no lugar do Barreiro, na vizinha freguesia de Santiais, no dia 18 de julho de 1923. Completará no próximo mês 97 anos.
Começou a dar aulas a rapazes, na escola primária da Alumieira, em outubro de 1952. Em 1958, já casado com Esmeralda Valente Rodrigues, também professora primária na Escola da Alumieira, mudou-se para a freguesia de Loureiro.