“Devia haver uma aposta mais forte no futsal no concelho”

Com cinco fases finais de Campeonatos da Europa, quatro fases finais de Mundiais, duas finais da Liga dos Campeões e uma final da Taça Intercontinental de Clubes, entre muitos outros jogos nacionais decisivos, Eduardo Coelho decidiu despedir-se da arbitragem. Era árbitro internacional desde 2008 e árbitro de Elite da FIFA desde 2011.

O jogo da despedida. “Acho que era o momento ideal. Não foi fácil tomar esta decisão, mas achei que era o momento oportuno para acabar a minha carreira de árbitro no jogo Leões de Porto Salvo e Sporting. Foi uma decisão muito ponderada sobretudo também a nível familiar. No jogo de despedida senti-me muito acarinhado por ver árbitros, ex-árbitros, responsáveis, o Dr. Pedro Proença, todos presentes para a minha despedida, eu não sabia que eles iam lá estar. Já tinha comunicado ao responsável que iria acabar nesse jogo e foi um orgulho ver essas pessoas e todos me fizerem uma homenagem. Só uma semana depois é que consegui ver o jogo e ouvir as palavras de apreço dos treinadores e dos dirigentes que falaram e fiquei muito emocionado”

Evolução do futsal em Portugal. “Ser árbitro de futsal é difícil, porque temos de decidir naquele momento. O VS (suporte de vídeo) é uma ferramenta para ajudar a arbitragem mas no futsal há uma maior aceitação do erro porque sabem que é mais difícil ter uma decisão acertada no momento”.

Época de futsal. “Temos um campeonato muito renhido. Temos plantéis muito bons, obviamente há equipas com menos valor na primeira divisão mas esses jogadores vão dar tudo dentro de campo e roubar pontos onde menos se espera”.

A realidade do futsal em Azeméis. “A nível concelhio devia haver uma aposta mais forte. O Futsal de Azeméis, infelizmente, desceu de divisão. Gostaria que o concelho voltasse a ter uma equipa na principal competição. O futsal é, neste momento, o maior desporto de pavilhão e com isso o concelho conseguia desenvolver-se a nível desportivo de forma brutal. É importante voltar a ter uma equipa na 1ª Divisão”.

O futuro de Eduardo Coelho. “Não fazia sentido eu não continuar a colaborar na arbitragem portuguesa. Gostaria de abraçar um projeto, seja ele qual for. Seria um gosto ajudar jovens árbitros portugueses. Estarei sempre disponível para ajudar”.