15 Oct 2025
Um dos workshops levados a cabo na Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa...
> ESSNCVP assinalou efeméride
A Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa (ESSNCVP) assinalou o Dia Mundial da Saúde Mental com a realização de um evento inspirador: “Saúde Mental em Diálogo: Arte, Reabilitação e Cultura”, na manhã de sexta-feira, dia 10 de outubro.
A instituição escolar costuma todos anos marca efeméride com a realização de várias iniciativas, mas este ano a data ganhou um relevo especial, sublinhou António Ferreira, vogal do conselho de direção da ESSNCVP, por ter contado com o apoio essencial do Serviço de Reabilitação Psicossocial do Hospital Magalhães Lemos – ULS Santo António.
Esta iniciativa foi integrada no Programa Colaborativo de Implementação de Serviços de Saúde Mental e Bem-Estar para Estudantes de Saúde.
A comunidade académica reuniu-se para um dia de reflexão intensa sobre o papel transformador da arte, da reabilitação e da cultura na promoção do bem-estar mental .Foi um dia de partilha e prática, com destaque para os workshops "Entre Mãos e Mentes: Modelar a Reabilitação", "Relaxamento em ação" e "Expressão Dramática & Saúde Mental".
“ A ideia deste projeto é promover a saúde mental dos estudantes no Ensino Superior. porque sabemos que a transição que existe entre o ensino secundário e integrar o ensino superior muitas vezes desencadeia aqui algumas dificuldades, algumas reações que são expectáveis e naturais, mas outras que podem trazer algum sofrimento, alguma preocupação aos estudantes”, explicou Joana Coelho, coordenadora do Gabinete de Apoio ao Estudante e mentora do evento
Com este tipo de iniciativa há uma intenção de realçar a importância da saúde mental e continuar a quebrar os estigmas que a rodeiam. Um dos workshops, de produção de cerâmica, foi ministrado por pessoas com experiência de doença mental.
“As pessoas com doença mental grave costumam ser sempre muito menorizadas e muito desvalorizadas. Há muito uma ideia subjacente na sociedade, e também nos próprios profissionais de saúde, de que estas pessoas têm as competências muito em causa. E o facto de nós termos aqui um grupo de pessoas com experiência de doença mental grave a fazerem o papel de professores destes alunos, na verdade, acaba por contribuir muito, até para a autoestima das próprias pessoas. As pessoas que estão como formandas nos workshops acabam, muitas vezes, por ficar admiradas e perguntam se aquelas pessoas são mesmo doentes”, sublinhou José João Silva, enfermeiro gestor do Serviço de Reabilitação Psicossocial da ULS Santo António.