“É a denegação da justiça na própria casa da justiça!”
Concelho
Na passada terça-feira, realizou-se uma manifestação no Tribunal Judicial de Oliveira de Azeméis por parte dos Oficiais de Justiça em exercício no Núcleo de Oliveira de Azeméis, inserida na greve decretada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), em vigor desde o dia 17 de maio até 17 de junho. Esta greve, local e nacional, tem por objetivo “dar a conhecer o sentimento de revolta pela forma como o Ministério da Justiça tem desrespeitado a classe dos funcionários judiciais ao longo das últimas décadas, sendo a única classe profissional que diretamente tem o respetivo exercício de funções na “organização judicial” que ainda não viu o seu estatuto profissional revisto. “Merecemos um estatuto condigno com as elevadas responsabilidades funcionais que nos estão atribuídas, a promoções regulares e necessárias, as quais têm estado incompreensivelmente “congeladas, apesar das prementes necessidades, a um regime específico de aposentação, atento o envelhecimento da classe - mais de 50 por cento com mais de 55 anos - , legal retribuição pelo exercício de funções para além do horário de trabalho, preenchimento de lugares legalmente previstos e que rondam o milhar, entre outros importantes aspetos e que se mostram fundamentais para a melhoria do funcionamento da Justiça”, explicou o coordenador do SFJ, Rui Octacílio, em declarações ao Correio de Azeméis.
Com esta manifestação no Núcleo de Oliveira de Azeméis, foram suspensas audiências de julgamento por falta de elementos presentes. “Isto tem vindo a demonstrar a solidariedade por parte dos magistrados, advogados e o utente da Justiça, quando elucidados com as razões das nossas reivindicações”, considerou Rui Octacílio.
Partilhar nas redes sociais