7 Mar 2022
Tragicamente, os homens as mulheres e as crianças da Ucrânia tornam-se vítimas de uma intervenção militar desencadeada pela Rússia no dia 24 de fevereiro.
Contrariamente ao que poderia facilitar a resolução, não se tratou de um ato súbito capaz de nos colocar confrontados com bons e maus. Contudo, ficou o mal que a guerra encerra. Lamentável e incompreensivelmente, apesar de muitos apelos, desde 2014, das populações sofredoras e de diferentes organizações, de relatórios até do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos ( em diferentes anos) , o mundo assistiu, desmobilizado, ao crescimento do conflito de que este ato constitui um culminar da escalada de confrontação. Tragicamente, os homens, as mulheres e as crianças de Donetsk e Lugansk tornaram-se vítimas de ofensivas recorrentes do exército ucraniano e de grupos extremistas xenófobos que passaram a integrar a Guarda Nacional Ucraniana. Ativamente, tanto os Estados Unidos da América quanto a Rússia se tornaram intervenientes no conflito, não parecendo estar entre as suas motivações a libertação dos povos para o fim da exploração humana. A grave situação que faz crescer o número de refugiados, vendo as suas vidas violentadas por interesses alheios ao seu bem-estar, reclama uma iniciativa clara de todos os que nunca mostraram verdadeiro e incansável empenho para a resolução do conflito, incluindo a União Europeia. Dificilmente poderíamos perceber que se procurasse resolver a guerra procurando os extremos das partes, em vez de se procurar o meio para a conciliação, colocando as vidas dos cidadãos daqueles territórios no centro das preocupações. É, obviamente, condenável a agressão aos povos, independentemente da origem russa ou ucraniana. A paz é urgente.
* Membro da Comissão Concelhia do CDU