8 May 2024
Ana Isabel da Costa e Silva
Mais uma queda aconteceu nos passeios em Oliveira de Azeméis, na Rua 16 de Maio, perto do cruzamento com a Rua Dr. Simões dos Reis. Desta vez, um pé partido.
Pensarão os nossos leitores: aconteceu a alguém de idade avançada, certamente. Enganam-se caros leitores.
Ainda no sábado de manhã, em Santo António, assisti ao tropeçar de uma senhora que, por um triz, não caiu. Há duas semanas, uma outra senhora caiu naquela zona e fraturou o ombro.
Pensarão os nossos leitores: de idade avançada, certamente.
Enganam-se caros leitores.
E não são casos únicos.
Persiste uma certa incúria em relação aos passeios em Oliveira de Azeméis.
Se são feitos com calcário, no seguimento de uma certa tradição nacional, é necessário existir uma inspeção periódica para evitar a sua degradação física. As pedras soltam-se, até que alguém tropece ou se soltem definitivamente. Ficam durante muito tempo soltos até que, a certa altura, as pessoas empurram aquelas pequenas pedras para junto dos edifícios ou para a beira da estrada. E assim se mantêm os buracos no passeio. Para verificar o estado de alguns passeios da cidade, basta percorrer o passeio, por exemplo, da Rua António Pinto de Carvalho, do lado onde, inclusivamente, está instalada uma escola primária. Há meses que está assim.
E ainda, a limpeza dos passeios, sobretudo aqueles instalados em vias mais íngremes, é essencial. Com o lodo, em locais menos utilizados e em ruas mais inclinadas, em dias de chuva ou em momentos do dia em que há maior índice de humidade, o passeio torna-se extremamente escorregadio.
Se os passeios são feitos com peças prefabricadas, por sinal, mais recentes, a situação não melhora. Como são feitos sem qualquer apoio no que diz respeito à execução, sem qualquer critério proveniente da “Boa Construção”, já dizia, sabiamente, o ditado popular que “a pressa é inimiga da perfeição”. Basta percorrer os passeios na Rua Manuel Alegria, perto do cruzamento com a antiga Nacional 1, em Santo António, para verificarem o que está a acontecer aos passeios realizados recentemente.
No espaço público, a qualidade, o estado e a limpeza dos pavimentos torna-se essencial para termos pessoas na cidade. E com as pessoas há outras atividades que também se instalam. Sem isso, a cidade vai ficando vazia!
* Arquiteta de Oliveira de Azeméis, Ph.D., Master Architect.
anadacostaesilva@correiodeazemeis.pt
Filomena Fernandes 08-05-2024 ás 23:17h
Infelizmente fui vítima de uma queda no dia 10 de Março, em frente á biblioteca municipal. Passeio cheio de ervas, muito escorregadio. Fraturei a tíbia e tive de ser operada. Previsão de recuperação 6 meses. Pena este tipo de acidentes ser recorrente.