27 May 2024
> Ana Isaura Costa
No 1º trimestre de 2024 havia 368 mil desempregados no país, de acordo com o INE. Os jovens e as mulheres continuam a ser os mais afetados pelo desemprego, com os menores de 25 anos a registar uma taxa de desemprego de 23%, a quarta mais elevada da União Europeia, e as mulheres de 7,5%.
Por outro lado, quanto ao emprego, mais de 90% dos novos contratos iniciados no 1º trimestre são precários.
A precariedade laboral atinge mais de 700 mil trabalhadores em Portugal (16,3% do total), de acordo com os dados do INE, sendo os jovens e as mulheres os mais atingidos. No 1º trimestre 32% dos trabalhadores com menos de 35 anos tinham vínculos precários, sendo de 54% entre os menores de 25 anos.
E aí, vem a pergunta : a quem interessam os trabalhos precários?
A precariedade é usada para pagar salários ainda mais baixos, mas também para despedir trabalhadores, continuando a ser a principal causa de desemprego, motivando quase metade das inscrições de desempregados nos centros de emprego.
No entanto, a protecção aos desempregados é muito insuficiente, deixando de fora do acesso às prestações de desemprego mais de 60% dos desempregados e atribuindo aos que as recebem valores médios da ordem dos 599 euros, apenas um pouco acima do limiar de pobreza (591 euros), e levando a que um em cada dois desempregados seja pobre mesmo após receber prestações sociais.
As desigualdades acentuam-se em consequência da ausência de resposta aos graves problemas estruturais do país.
Daí a importância do reforço da CDU – Coligação Democrática Unitária para garantir o combate às injustiças e desigualdades, de defesa dos interesses nacionais e de construção de uma vida melhor para os trabalhadores, o povo e o País têm direito.
Ana Isaura Costa, PCP Oliveira de Azeméis