28 Jul 2024
Nesta que foi a 14ª edição, a iniciativa voltou ao centro da cidade para espalhar arte pelas ruas pedonais
A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis promoveu mais uma vez, o ‘Entr’Artes’, este ano realizado no Largo da República e nas Ruas Bento Carqueja e António Alegria, em vez do palco do ano passado, o Parque La Salette.
Óscar Amorim, escritor oliveirense, em declarações à Azeméis TV/FM descreveu o ‘Entr’Artes’, como “um acontecimento nacional. Toda a gente respeita o Entr’Artes e fala do Entr’Artes. É bom que os nossos responsáveis saibam que temos aqui um património”, deixando um alerta à organização.
“Há uma coisa que eu gostaria de chamar a atenção, para os responsáveis, e eu acho muito importante. Mas não é a minha opinião, é a opinião de quem vem cá, que eu tive o cuidado de andar desde janeiro nas exposições e recolhi opiniões. O Entr’Artes é um acontecimento nacional. Toda a gente respeita o Entr’Artes e fala do Entr’Artes. É bom que os nossos responsáveis saibam que temos aqui um património. É preciso que tenham essa noção. Não foi feito no Parque La Salette, foi feito aqui. O importante é fazer-se o Entr’Artes, não deixar interregnos, se não é pior a emenda que o soneto. Este ano parece-me que aconteceu isso. Foi feito apenas para não haver interregnos. Os responsáveis pelo evento já me prometeram que para o ano, será o verdadeiro Entr’Artes, onde as inscrições abrem em Janeiro e depois acontece em Maio”, afirmou o escritor em declarações à Azeméis TV/FM.
Esta iniciativa, que já vai na sua 14ª edição, é descrita como sendo “o cruzamento multidisciplinar artístico que desce à rua para dar continuidade, na diferença, ao envolvimento da comunidade na democratização da cultural oliveirense, numa marca que se pretende identitária do território”.
Desde dança, música, teatro, circo até às artes plásticas, foram várias as atividades promovidas ao longo destes dois dias. A Azeméis TV/FM esteve no local a falar com alguns pintores presentes.
“Eu acho que a mudança é sempre uma boa opção, há sítios que podemos gostar mais, mas essa mudança quando nos traz dificuldades também nos traz desafios novos, diferentes.”
José Santos, Carregosa
“Está a correr bem. Temos poucos participantes. Parece-me que as coisas não foram bem dinamizadas. Ou então tem a ver com a data, não sei. Mas está a correr muito bem, eu prefiro aqui em baixo, porque acho que movimenta mais a cidade.”
Manuela Antunes, Oliveira de Azeméis
“[Entr’Artes] é extremamente interessante, qualquer artista gosta de mostrar a sua arte, não é? De se expressar e é também uma maneira das pessoas verem a progressão de uma obra de arte.”
Ana Sousa, Oliveira de Azeméis
“É muito importante porque muitas pessoas não valorizam este tipo de arte e ele existe. Isto é uma forma de nós mostrarmos mais às pessoas o que é que nós fazemos, e parece, pelas pessoas que têm passado por aqui, que têm bastante curiosidade até.”
Sara Oliveira, Santa Maria da Feira
“A La Salette para este género de coisas, tem outros argumentos, principalmente para a pintura. As pessoas que vêm pintar a Oliveira de Azeméis são pessoas muito sensíveis e então a sensibilidade do parque La Salette é outra”.
Óscar Amorim, escritor oliveirense
A cultura em Oliveira de Azeméis
“Eu acho que está no caminho certo. Temos muitas atividades, mas noto um bocadinho de desfalque em algumas delas. Há uma vertente da cultura que é um pouco desprezada e eu não queria que fosse. Eu lembro-me que era um prazer enorme que eu tinha, no primeiro sábado de cada mês, acontecia na Galeria Tomás Costa, uma exposição de pintura, todos os primeiros sábados de cada mês. Eu apanhei esse vício e agora sofro, não fazem, não está a acontecer. Devia-se olhar um pouco mais para este género de cultura. sei que está previsto, salões para exposição de pintura, mas enquanto está e não está, eu ficaria muito feliz se no próximo sábado, por exemplo, parece-me que é o primeiro do mês, eu fosse a uma exposição de pintura, ali”, referiu Óscar Amorim, em declarações à Azeméis TV/FM.