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Correio de Azeméis

16 May 2022

HORÁCIO BASTOS NÃO QUER CONTINUAR MAS GARANTIU: “Não vou à câmara entregar as chaves”

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Presidente e treinador podem continuar

Horácio Bastos apelou ao apoio dos adeptos à equipa de futebol na II Liga como aconteceu no Jamor este sábado. Para hoje, o presidente pede o apoio para a equipa de basquetebol no jogo decisivo frente ao CAB e amanhã, também no ‘Salvador Machado’, no início dos Play-Offs do hóquei da Oliveirense diante do Barcelos.

Ana Catelas


Em entrevista no programa Desporto em Análise, conduzido por Hermínio Loureiro na Azeméis TV/FM, o presidente da direção da Oliveirense, Horácio Bastos, fez uma retrospetiva dos seus seis anos de mandato e voltou a frisar que espera que apareçam várias listas a sufrágio no dia 15 de junho. Caso isso não aconteça, Horácio Bastos garante que o clube não vai cair num vazio diretivo.

Que balanço faz da sua presidência que está prestes a terminar?
O balanço do ponto de vista da direção é positivo, nomeadamente naquilo que foi a criação de infraestruturas para o futebol: fizemos a requalificação do Estádio Carlos Osório e do Centro de Formação Ápio Assunção. Em termos desportivos tivemos descida o ano passado, que conseguimos colmatar logo este ano. Curiosamente é a segunda vez que subimos logo no primeiro ano e penso que isso deve ser inédito. Conseguimos unir forças e reestruturar para este ano estar novamente no futebol profissional. Foi pena não conseguirmos trazer a taça na primeira edição da Liga 3, mas a sorte não esteve do nosso lado. A esta direção faltava-lhe isso porque já perdemos uma final com o Real, em Viseu, há cinco anos. 

Como está o processo eleitoral na Oliveirense?  Vai recandidatar-se?
As eleições estão agendadas para 15 de junho. A Oliveirense é um clube grande e tem de ser grande em todas as matérias e os atos eleitorais têm de ser de acordo com a grandeza do clube. É necessário haver candidatos e mais listas a sufrágio para os sócios escolherem. São seis anos, sinto-me cansado e sinto a minha vida particular a ficar para trás em detrimento da Oliveirense porque estou aqui sem ganhar nada. Já fiz três mandatos. Quem vier encontrará um clube organizado e estável. Eu não tenciono ser candidato, mas uma coisa é certa: não vou à câmara entregar as chaves.

Qual foi o sentimento na requalificação do estádio?
É uma satisfação muito grande. Em boa hora conseguimos fazer a SAD. Tendo em conta aquilo que é a realidade que nós temos e o que passamos com a pandemia, se não tivessesmos SAD neste momento estaríamos numa desgraça completa. Neste momento estamos bem, estamos na II Liga, com obra feita, as despesas do estádio estão inerentes à SAD e quem está pior é o investidor que tem de estar a meter dinheiro todos os meses e até agora não está a tirar nenhuma rentabilidade.

A relação do clube com a SAD é uma relação estável? O Horácio deu um grito de revolta no final da época passada...
Se eu não tinha feito o que fiz no final da época passada, este ano não tínhamos conseguido subir. Isso levou-o a pensar e a seguir uma metodologia diferente. Em boa hora foram buscar o treinador Fábio Pereira, ele sabe o que faz, é um líder nato e os resultados estão à vista.

Acha que o Fábio Pereira vai chegar à I Liga?
Sim, acho que tem potencial para isso. Tem que colmatar algumas coisas, ele explode do nada e tem que ter mais sangue frio para estrar nesses patamares.
O Centro de Formação ÁpioAssunção também foi requalificado. Como vê o atual estado da formação do futebol?
O centro de formação oferece as condições necessárias para a prática desporiva, mas para o número de atletas que temos é curto. Por isso, a curto prazo, vamos ter que construir um novo centro de treinos com vários relvados para dar mais tempo e mais qualidade de treino. O centro de treinos faz parte do procolo com a SAD, mas a Oliveirense terá de pensar noutros patamares e terá de construir mais.  O centro de treinos terá de ser feito num terreno com potencial para poder crescer.

Também é intenção requalificar o Pavilhão Salvador Machado?
O próximo passo terá de ser por aí, nomeadamente a mudança do piso. As tabelas também têm de ser substituídas. 

Acha que é possível um dia a Oliveirense ter futsal?
Não está em cima da mesa. As modalidades de pavilhão andam a treinar fora porque não há espaço livre no pavilhão. 

Como se sente o Horácio Bastos com as modalidades do clube a luterem por títulos?
A Oliveirense é um grande de Portugal. Tem infraestruturas próprias em todas as modalidades, tem muitas equipas. Conseguimos colocar Oliveira de Azeméis no mapa. 

Acha possível realizar o sonho da subida no final da época?
Acho que não. O que está estruturado na cabeça do investidor não é para subir mas com este treinador eu já acredito em tudo. Nós éramos das equipas com orçamento mais baixo na Liga 3 e conseguimos subir de divisão. O dinheiro ajuda mas não faz tudo. É uma questão de sorte e de escolher bem a equipa. Podemos lutar. 

Considera que é fundamental manter a espinha dorsal da equipa para a próxima época?
Deviamos manter 65% da equipa mas nâo vamos conseguir porque alguns jogadores já estão a ser assediados e com valores que não conseguimos pagar. Mas penso que vamos manter 50 ou 60% da equipa.
 

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