Escola de Lações “sem segurança mínima”
Concelho
A Escola de Lações, assim como o início do ano letivo 2020/2021 nos restantes estabelecimentos de ensino, foi um dos principais assuntos em foco na última Assembleia Municipal, que teve lugar no salão nobre da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Nogueira do Cravo e Pindelo.
Como ainda não é permitida a presença de público nas assembleias municipais, as reclamações dos encarregados de educação dos filhos que frequentam a Escola de Lações chegou através de e-mail. Uma das mães, Sandra Nunes, referiu a falta de auxiliares na instituição. “Estes casos já foram diversas vezes prometidos, mas, infelizmente, acabam por ficar esquecidos. Não há condições mínimas nas casas de banho”, acrescentou a oliveirense.
O deputado Jorge Melo Pereira, do CDS-PP, considerou que a Escola de Lações não tem as condições nem segurança mínimas para arrancar. “Estas crianças têm de almoçar nestes mesmos telheiros, com infiltrações de chuvas e expostas ao vento”, descreveu. “As mães de Lações dizem ‘basta’”, sublinhou.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, afirmou que tem consciência do estado de degradação da escola. “Temos realidades dramáticas no concelho e temos de ter uma estratégia. Esta escola é muito importante no quadro escolar e é uma das seis escolas que vai ser intervencionada”, declarou, recordando o investimento total de 1,53 milhões de euros em que, desse valor, a maior fatia é para a Escola de Lações (400 mil euros). “Para além da erradicação dos contentores, será requalificada. Pedimos, naturalmente, paciência”, apelou, adiantando que os projetos de adjudicação das seis obras vão a concurso até ao final deste ano.
O PSD também quis saber como foi feita a articulação entre as escolas e o município, uma vez que “têm 'chovido' queixas de todo o lado”, desde jardins de infância até ao ciclo, por causa da falta de pessoal não docente. “Para dar um exemplo, a Associação de Pais da Escola Secundária Soares Basto diz que o número de funcionários é ainda menor do que o do ano passado”, exemplificou Albino Martins. “Chegaram a propor a contratação de transportes para evitar aglomerações. A Câmara rejeitou essa proposta?”, questionou. Joaquim Jorge explicou que desde a primeira quinzena de julho que acompanham os horários das carreiras e que solicitaram aos diretores dos agrupamentos que disponibilizassem o número de alunos para verem o número de pessoas por autocarro. “O pedido tardou das escolas e recebemos, na maior parte, os mesmos dados”, contou.
Para o executivo, a questão dos funcionários é “uma questão complexa e difícil”, apesar de ter contratado mais 40 pessoas, num total de 340 funcionários para as escolas. No entanto, o PSD considerou que a autarquia poderia ter agido mais cedo em relação à contratação de pessoal. “O ano escolar iniciou e só vão agora para os concursos? Isso é reagir, e não atuar na hora”, opinou Albino Martins (ver caixa).
Partilhar nas redes sociais