O arranque do ano letivo 2020/2021 no concelho de Oliveira de Azeméis foi novamente abordado na passada reunião de Câmara pública, o que acabou por resultar numa discussão atribulada entre os vereadores do PSD e o executivo camarário. A oposição considerou que a autarquia tem “falhado” com as suas obrigações.
Para a vereadora do PSD Carla Rodrigues, o ano letivo arrancou “sob uma nuvem negra” que mereceu comentários de pais preocupados com os seus filhos, assim como de “abaixo-assinados e comunicados”. “Os vereadores do PSD não se regozijam com este arranque. A Câmara Municipal falhou naquilo que eram as suas principais obrigações”, considerou Carla Rodrigues, enumerando dificuldades como “falta de transportes”, a “necessidade de assistentes operacionais”, a “falta de equipamentos de proteção para os assistentes operacionais” e a “falta de produtos de limpeza e higienização que deviam ter sido oferecidos”. “A verdade é que já não se pode recuperar o tempo perdido. Gostaríamos de deixar sugestões ao vereador da Educação e nem falo do presidente porque já percebi que não se preocupa”, atirou.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, considera que a vereadora do PSD tem criticado todo o trabalho feito pela autarquia (ver discursos diretos). “Vejamos a conta solidária, a compra e distribuição de máscaras, os testes e as suspeições permanentes sobre a disponibilização dos dados da Covid-19”, enumerou o autarca. “Tínhamos um conjunto de suspeições a que junta, agora, um conjunto de outras observações”, declarou, sublinhando que a Câmara não tem falhado com as suas obrigações. “Houve articulação da Câmara com todos os atores da comunidade educativa e desde a primeira quinzena de julho que procuramos articular transportes para os nossos jovens”, exemplificou, esclarecendo que o governo assumiu a entrega de proteção de material às escolas, pelo que “a tarefa não é da responsabilidade do município”.
À semelhança do que aconteceu na última Assembleia Municipal, a Escola de Lações não ficou de fora da discussão, com a vereadora da oposição a pedir celeridade para esta situação. “Há uma situação de indignidade nesta escola que tem de ser rapidamente resolvida. Não há condições”, lembrou Carla Rodrigues. No entanto, Joaquim Jorge recordou que a Escola de Lações irá receber a maior fatia de investimento previsto para as seis escolas contempladas. “Não faz sentido a requalificação das instalações sanitárias quando estamos a aguardar a requalificação total”, alertou o edil, reforçando: “Há uma coisa que não vou fazer: não vou deixar de agradecer os conselhos ao executivo. Não vou deixar é que sejam politizados”, assegurou.
