Estado da água atrasa potencial do Parque

Ul

Para além da poluição no rio, os utentes do Parque Temático Molinológico em Ul reclamam por mais serviços no local

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O Correio de Azeméis foi até ao Parque Temático Molinológico de Ul medir o pulso aos seus frequentadores e perceber o que estes consideram que está bem, mas também o que acreditam que pode melhorar de forma a tornar o Parque Temático ainda mais utilizado.

O Parque Temático Molinológico de Ul é, para muitos, um espaço de eleição, e um "espaço magnífico" na freguesia. Frequentado diariamente para caminhadas e lazer, é amplamente elogiado pela sua limpeza constante e acessos ótimos. As casas-de-banho são referidas como ponto positivo dada a sua higienização. O ambiente geral do parque é considerado "muito bom", sendo um local agradável para piqueniques e convívios, permitindo que os visitantes desfrutem da frescura e da natureza.


No entanto, persistem preocupações significativas com a qualidade da água do rio a ser o ponto de maior incómodo e irritação. A presença de espuma e o odor ocasional causam receio de contaminação, impedindo os utentes de molhar as mãos ou os pés na água e inviabilizando atividades como nadar ou pescar. Outra queixa recorrente é o horário de encerramento do café, que fecha demasiado cedo, às 19h00. Para quem procura um ponto de encontro "pós-trabalho" ou um local para desfrutar da noite de verão, este horário limita o potencial comercial e social do parque.

O presidente da Associação do Parque Temático Molinológico [PTM] de Ul, Manuel Alberto Pereira, revelou estar ao corrente das preocupações partilhadas com a população. A poluição no Rio Ul tem sido acompanhada, com a Associação a proceder a várias denúncias ao SEPNA, Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente, da GNR.
 
“É com enorme preocupação que vemos o problema da poluição no rio Ul afetar um espaço como o PTM, criado para promover o lazer, a educação ambiental e a valorização do nosso património natural e etnográfico”, explica Manuel Alberto, que garantiu ainda ação por parte da associação, sempre que possível, “Temos procurado agir com responsabilidade. Continuamos a proceder à denúncia imediata de ocorrências ao SEPNA e a articular com as entidades competentes”.
 
O dirigente assegurou que o horário do café do PTM vai de encontro "ao que acontece nutros espaços museológicos e de atividades ao ar livre, estabelecidos de forma a respeitar as normas de segurança e o horário de trabalho dos nossos colaboradores". 
 
Manuel Alberto viu o Parque Infantil como "interessante", mas colocou algumas questões de carácter técnico: "enriqueceria a visita familiar, prolongaria o tempo de permanência e promoveria maior atração ao público, mas levanta algumas preocupações, pois este tipo de espaços requer condições de vigilância e manutenção que temos dificuldade em garantir". O mobiliário urbano do PTM tem 15 anos e começa a mostrar as marcas do tempo, algo que o presidente da associação confessou, " há uma clara necessidade de se efetuar uma requalificação mais profunda do edificado".  Manuel Alberto garantiu estar em contacto com o executivo municipal para a realização de uma canidatura a fundos comunitários com o objetivo de requalificar o PTM.
 
Por fim, o presidente acredita que a poluição no rio prejudica o potencial turístico do parque: “O PTM foi concebido como um espaço de valorização do património natural e cultural da freguesia de Ul e da região. Quando a imagem do rio é associada a poluição, espuma e maus odores, estamos a comprometer todo um trabalho feito ao longo de muitos anos na promoção do nosso Parque. O impacto é direto na afluência de visitantes, na realização de atividades lúdicas e educativas e na perceção geral que se cria do território. Esta situação afeta não apenas a Associação, mas toda a comunidade local”.
 

A visão dos utentes do Parque de Ul:


"Eu acho que os dois [água e café], mas o café chama muito atenção por encerrar cedo, porque seria um ótimo ponto de encontro pós-laboral, vir para cá, tomar um café... Mas fecha às 19h00, quando ainda está muito quente para vir para cá."
Evelise Dubal, frequentadora

"O que mais me irrita é o rio porque devia estar limpinho e a água não dá para ir para a água, não dá nada."
Maria Augusta, frequentadora

"O que está desagradável mesmo é o rio. As pessoas podiam tomar banho, pescar, participar, mas não tem por causa do estado atual. A água é a vida. Não havendo água, a vida entristece-nos."
Carlos Santos, frequentador

"Muitas vezes a gente queremos molhar a mão, colocar o pé na água, mas não dá para fazer por causa desta poluição.”
Rogério Severino,  frequentador


"Um parque aqui para as crianças não era mau de todo. Os miúdos vêm e querem aproveitar ali a zona dos patos, e não têm ali um escorrega, um baloiço. Quando vimos aqui,  temos que inventar um bocadinho as brincadeiras."
Sofia Ferreira, frequentadora

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