Eurica Alves: “Queria que as pessoas ganhassem gosto por estar na freguesia”

Macieira de Sarnes CDU

“O nosso objetivo [CDU] é ter pessoas nas assembleias que possam lutar e chamar a atenção [para os problemas] mais pequeninos, que são muitas vezes esquecidos”, sublinha a candidata

Candidata à Assembleia de Freguesia de Macieira de Sarnes pela CDU, em entrevista

Colmatar as necessidades básicas da população, desde a habitação à segurança rodoviária, inverter o decréscimo da população e tornar Macieira de Sarnes mais atrativa para os seus habitantes e visitantes são algumas das prioridades identificadas pela candidata.

Nasceu no Porto, cresceu e reside em São João da Madeira e trabalha em Nogueira do Cravo, como operadora fabril, mas é em Macieira de Sarnes, de onde os pais são originários, que quer continuar a construir a sua vida. Eurica Alves tem 29 anos e é a primeira vez que se candidata para a Assembleia de Freguesia.

Chegou a ponderar ir para o estrangeiro trabalhar, mas acabou por decidir que era em Portugal que queria ficar. “Percebi que quero tentar melhorar a minha vida aqui e Macieira de Sarnes é uma freguesia que sempre foi querida para mim, sempre quis ir para lá viver”, partilha. Em entrevista, Eurica Alves falou sobre as suas prioridades para a freguesia e acerca dos principais problemas que gostava de ver resolvidos.

 

O INTERESSE PELA POLÍTICA. “A política sempre esteve presente na minha família, era uma coisa que se falava à hora de jantar, [até por causa] dos meus pais e das preocupações que tinham com a freguesia. Fui ouvindo e aquelas pequenas injustiças ou as coisas que podemos fazer para melhorar a freguesia e o concelho foram ficando na minha cabeça. Não tenho um passado com ligações a associações, mas sempre foi algo que quis fazer, simplesmente não sabia por onde havia de começar. Sempre fui aliada da CDU, porque sempre valorizei e sempre fui de acordo com os ideais defendidos.”

LIGAÇÃO COM A CDU E A NECESSIDADE DE COMEÇAR PELO BÁSICO. “A CDU sempre falou do povo e das pequenas e médias empresas e isso foi algo que me chamou. Quando ouço falar nas grandes indústrias e no grande crescimento, fico a olhar para os problemas pequeninos, para aqueles que as pessoas se parecem esquecer. A CDU mostra-me que é [necessário] começar pelo básico: melhores condições ao nível da água, taxas mais baixas, segurança nas vias públicas, qualidade de vida das pessoas ou o cuidado com os idosos. [Devemos] começar pelo básico e só depois pensar na evolução das freguesias e do concelho, porque sem essas coisinhas básicas a evolução não serve de nada.”

INVERTER O DECRÉSCIMO DA POPULAÇÃO. “A população de Macieira de Sarnes, assim como noutras freguesias do concelho, está a diminuir. Os nossos idosos ficam, [ainda que] muitos deles acabem por ir para São João da Madeira para ficarem mais perto dos centros de saúde. Já os nossos jovens acabam por ir para São João da Madeira, Santa Maria da Feira ou mesmo para o centro de Oliveira de Azeméis para terem melhores condições para eles e os futuros filhos. Acho que não havia necessidade, tendo em conta o território de Macieira de Sarnes. É possível criar as infraestruturas necessárias para as pessoas ficarem e para que consigam ter prazer em viver na freguesia.”

HABITAÇÃO, SEGURANÇA RODOVIÁRIA E CUIDAR DOS ESPAÇOS PÚBLICOS. “[Devíamos] criar programas para que as pessoas tenham mais facilidade em comprar ou alugar casas na freguesia. Falta muita segurança à estrada nacional que percorre o centro de Macieira de Sarnes: faltam passadeiras, limitações no chão, limites de velocidade e lombas, sobretudo em zonas de escola. Há coisas básicas que podem ser feitas, como a limpeza regular, tanto dos passeios como das valetas, e (…) criar mais estacionamento.”

ATRAIR OS CIDADÃOS PARA A FREGUESIA. “[Há pessoas que só vão à freguesia para] dormir, porque trabalham fora e quando querem passear vão para fora também. [Os mais jovens] acabam por estudar fora também e, apesar de termos uma escola primária, não existe depois um ATL. Ou seja, as pessoas que vivem na freguesia acabam por usá-la como um dormitório. Queria inverter isso, queria que as pessoas ganhassem gosto por estar na freguesia, não só em questão de segurança como também de qualidade de vida, de lazer e cultura.”

 

 

 

Por Débora Cruz

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